A bolsa de bitcoins chinesa BTCChina disse nesta quinta-feira (14) que interromperá as negociações a partir de 30 de setembro, ampliando a queda da criptomoeda, que ficou 30% abaixo do recorde que atingiu no início do mês.
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A China se tornou um mercado efervescente para criptomoedas nos últimos anos, com investidores e especuladores buscando as bolsas domésticas que, antigamente, permitiam que os usuários conduzissem negociações gratuitamente, impulsionando a demanda.
Mas isso levou os reguladores do país a reprimir o setor, para eliminar riscos financeiros potenciais, à medida que os consumidores se amontoam em um mercado altamente arriscado e especulativo que teve um crescimento sem precedentes este ano.
Horas após a BTCChina anunciar seu fechamento, a publicação local “Yicai” informou que o país planeja fechar todas as bolsas de bitcoins em setembro, citando fontes financeiras em Xangai.
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A BTCChina disse que a decisão foi baseada em uma diretriz de autoridades do país em 4 de setembro, que expressou preocupação com os riscos de investimentos envolvidos em criptografia e ordenou a proibição das chamadas ofertas de moedas iniciais (ICOs) – a prática de criar e vender moedas ou tokens digitais para investidores para financiar projetos de startups.
Essa proibição, bem como avisos de órgãos reguladores em outros países, resultou no receio de uma repressão maior e provocou uma liquidação generalizada que ajudou a apagar quase US$ 60 bilhões do valor total das criptomoedas, depois de terem atingido recordes no início do mês, de acordo com o site “Coinmarketcap”.
“A proibição chinesa está causando pânico no mercado, pois as mensagens mistas e a falta de clareza tornaram o sentimento negativo”, disse o fundador do site de análise de dados “Cryptocompare”, Charles Hayter.