Autoridades de defesa da concorrência da União Europeia vão investigar se a proposta de fusão de US$ 54 bilhões entre a fabricante italiana de óculos Luxottica e a fabricante francesa de lentes Essilor vai elevar preços e forçar rivais a saírem do mercado.
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A Comissão Europeia abriu uma investigação completa nesta terça-feira (26) na qual afirma que a fusão envolvendo as duas companhias, ambas líderes em seus segmentos de atuação, poderá reduzir a competição.
A opção da autoridade europeia ocorreu depois que as companhias se recusaram a oferecer concessões para verem o negócio aprovado.
A comissária europeia de defesa da competição, Margrethe Vestager, disse que o acordo poderá afetar um grande público. “Metade dos europeus usam óculos e quase todos nós precisaremos de correção de visão um dia. Portanto, precisamos avaliar com cuidado se a fusão proposta levará a preços maiores ou opções reduzidas de escolha para oftalmologistas e consumidores”, afirmou.
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No Brasil, a Luxottica comprou a rede de lojas Óticas Carol em janeiro deste ano por € 110 milhões.
As preocupações da entidade incluem a possibilidade de que a nova companhia possa persuadir oftalmologistas a comprarem óculos e lentes como um pacote, excluindo fornecedores rivais.
A Comissão decidirá em 12 fevereiro se vai liberar a fusão. As marcas da Luxottica incluem Ray-Ban e Persol, além da licença de Chanel e Armani. A Essilor compete com Hoya, Carl Zeiss e Bausch & Lomb.