É difícil falar sobre comida atualmente sem o Instagram. Mas as opiniões de estrelas da indústria sobre o crescimento da rede social de fotos são divergentes. Essa foi uma das questões abordadas no Forbes Under 30 Summit, que ocorreu em Boston na última semana.
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“Há alguns chefs se que preocupam apenas com a comida ter uma boa aparência”, diz Zachary Engel, chef executivo do restaurante Shaya, em Nova Orleans. “Eles se esquecem de que é preciso ser saboroso também ou de que as duas coisas não precisam necessariamente seguir um padrão.” Talvez por isso, os pratos em seu restaurante têm uma aparência mais rústica e natural, diferente dos que bombam no Instagram. “Não fazemos empratamentos sofisticados, característica dos pratos ‘instagramáveis’”, provoca.
O chef mundialmente renomado Daniel Boulud tem opinião parecida. “Se alguma coisa é feia, não significa que não seja deliciosa”, diz, com uma tigela de tripas como exemplo.
Para Alexandra Clark, que faz chocolates abertos potencialmente “instagramáveis”, o investimento em design deve ter o cliente em mente em primeiro lugar. Ela diz que, quando começou, desejava que as pessoas pudessem ver o que estava dentro dos chocolates para escolher os que mais gostavam, e não apenas ter “likes” nas fotos postadas.
Em resumo, segundo os chefs, ainda que o Instagram seja necessário, a comida é o foco. “Não tento estar na moda”, diz Boulud ao moderador Lee Brian Schrager, fundador e diretor do festival Food Network and Cooking Channel South Beach and New York City Wine & Food Festivals. O fato de Boulud ter começado a febre do hambúrguer gourmet, na década passada, no entanto, não passou batido por Schrager. Questionado, o chef explica que seu objetivo é “evoluir as técnicas e os sabores tradicionais.”
Alexandra afirma ser mais flexível nesse aspecto. Ela diz tentar um pouco de tudo porque “em uma caixa de chocolate, essa é a expectativa”.
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