A Azul teve lucro líquido de R$ 204 milhões no 3º trimestre, quase 22 vezes superior ao resultado positivo de R$ 9,4 milhões em igual período do ano passado, apoiada em um crescimento de 15% na receita e uma redução de quase 30% nas despesas financeiras.
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A companhia aérea também apurou lucro operacional (Ebit) de R$ 249,3 milhões de julho a setembro, alta de 50,1% ano a ano, com a margem Ebit subindo a 12,5%, ante 9,6% no 3º trimestre de 2016.
Às 12h23, as ações da Azul, que estrearam na bolsa paulista em 11 de abril deste ano, subiam 2%, cotadas a R$ 27,54, enquanto o Ibovespa recuava 0,86%.
No balanço divulgado nesta quinta-feira (9), a empresa informou que espera introduzir três aeronaves da nova geração A320neos durante o 4º trimestre, totalizando 11 ao fim do ano, o que deve permitir um aumento de 11% a 13% na oferta medida por assentos-quilômetro (ASK) em 2017.
Com o maior número de assentos, o indicador de custo CASK, sem considerar gastos com combustível, deve cair de 3,5% a 5,5% neste ano. A Azul ainda projeta para 2017 uma margem operacional de 9% a 11%, e aumento de 1% a 2% nas decolagens.
No acumulado até setembro, a companhia apresentava margem operacional de 10%, crescimento de 0,7% nas decolagens, alta de 10,8% na oferta de assentos e queda de 5,2% nos custos, excluindo combustíveis.
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A adição de aeronaves maiores à frota ajudou a Azul a atingir uma receita líquida trimestral de quase R$ 2 bilhões no 3º trimestre, 15% maior que a do mesmo intervalo de 2016.
Os custos operacionais da empresa cresceram 11,3% na mesma comparação, para R$ 1,749 bilhão. Mas as despesas financeiras recuaram 29,6% ano a ano, para R$ 141,2 milhões, refletindo a redução no custo da dívida em decorrência de juros básicos menores e a quitação de empréstimos mais caros.
Consequentemente, o resultado financeiro líquido da Azul veio negativo em R$ 69,4 milhões no 3º trimestre, ante desempenho negativo de R$ 188,9 milhões no 3º trimestre de 2016.
A companhia encerrou o mês de setembro com R$ 1,457 bilhão em caixa, mais que o dobro em relação ao mesmo período do ano passado. E também reduziu a dívida líquida para R$ 639,7 milhões, amortizando R$ 677 milhões em dívidas durante o 3º trimestre.
Com isso, a alavancagem financeira medida pela relação dívida líquida sobre o lucro antes de juros, impostos, depreciação, amortização e aluguel de aeronaves (Ebitdar) caiu para 3,9 vezes, de 4,5 vezes em junho deste ano.