Um alemão se apresentou como o ex-funcionário do Twitter que desativou a conta do presidente norte-americano Donald Trump por 11 minutos este mês em seu último dia de trabalho na rede social.
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O site de notícias de tecnologia “TechCrunch” publicou uma entrevista na quarta-feira (29) com Bahtiyar Duysak, nascido e criado na Alemanha e de raízes turcas, que era funcionário temporário do Twitter em São Francisco.
Duysak, que anteriormente não havia sido identificado como a pessoa que estava por trás da desativação da conta de Trump, disse à “TechCrunch” que ele considerava o ocorrido um “erro” e nunca pensou que a conta seria desativada. De acordo com ele, não foi um ato planejado. Em vez disso, disse, a chance de encerrar a conta caiu em seu colo perto do fim do contrato, e ele decidiu aproveitá-la. “Há milhões de pessoas que agiriam contra ele se tivessem a possibilidade. No meu caso, foi apenas aleatória”, disse Duysak em um vídeo da entrevista postado online.
O alemão é um ex-voluntário de segurança em um centro comunitário muçulmano na Califórnia, informou o “BuzzFeed”. Trump tem criticado os muçulmanos, e pediu durante a campanha eleitoral de 2016 uma “proibição total e completa” de sua entrada nos Estados Unidos.
A desativação da conta do Trump em 2 de novembro provocou preocupações entre os usuários da rede social sobre quanto poder os funcionários têm sobre contas sensíveis e se o abuso de seu poder poderia causar incidentes internacionais.
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O Twitter não confirmou se Duysak era o ex-funcionário em questão, mas declarou que está tomando “uma série de medidas para evitar que um incidente como esse aconteça novamente”.
Duysak não esclareceu completamente o fato. Perto do fim de seu último dia na empresa, um alerta chegou a ele de que alguém havia denunciado a conta de Trump por uma violação não especificada, disse. O alemão então iniciou o processo de desativação, relatou o “TechCrunch”, embora a conta não tivesse sido desativada até horas mais tarde. Nem Duysak nem o “TechCrunch” explicaram o atraso.