A Petrobras assinou nesta segunda-feira (18) acordos com a norueguesa Statoil relacionados aos “ativos da parceria estratégica”, incluindo a cessão de 25% de sua participação no campo de Roncador, localizado na Bacia de Campos (RJ), por US$ 2,9 bilhões.
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A cessão envolve US$ 2,35 bilhões no fechamento da operação e US$ 550 milhões “em pagamentos contingentes relacionados aos investimentos dos projetos que visam o aumento do fator de recuperação do campo”.
Com área de aproximadamente 400 quilômetros quadrados, Roncador tem cerca de 10 bilhões de barris de petróleo equivalentes (boe) “in place” e uma expectativa de volume recuperável remanescente superior a 1 bilhão de boe, segundo a Petrobras. “A ambição é aumentar o fator de recuperação, por meio dessa parceria com a Statoil, em pelo menos 5%, o que pode trazer um volume adicional de aproximadamente 500 milhões boe”, afirmou a petroleira estatal em fato relevante.
Atualmente, a Petrobras e a Statoil são parceiras em 13 áreas, em fase de exploração ou de produção, sendo que dez estão localizadas no Brasil e três no exterior, afirmou a Petrobras.
“A parceria estratégica com a Statoil está fundamentada em um alinhamento de interesses estratégicos das duas companhias e no potencial de geração de valor para as partes, em função de seus conhecimentos e experiências nos segmentos de exploração e produção em águas profundas e de gás natural”, completou a companhia.
OUTRO ACORDO
Além da cessão de parte do campo de Roncador, a Petrobras também selou um acordo que dá à Statoil a opção de contratar uma determinada capacidade de processamento de gás natural no terminal de Cabiúnas (Tecab) para o desenvolvimento da área do BM-C-33, onde as companhias já são parceiras, sendo a norueguesa a operadora.
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Localizado em Macaé (RJ), o Tecab, operado pela Transpetro e maior polo de processamento de gás natural do Brasil, passa por um processo de ampliação e terá sua capacidade expandida para poder processar até 25 milhões de m³/dia de gás natural e cerca de 70 mil bpd de condensado de gás natural.
Segundo a Petrobras, a transação faz parte do Programa de Parcerias e Desinvestimentos para o biênio 2017-2018 e está alinhada ao Plano de Negócios e Gestão da petroleira.