Este ano promete ser um período de continuidade para o marketing digital. As empresas do setor vão prosseguir com o desenvolvimento das soluções tecnológicas iniciadas ao longo de 2017, como a construção de grandes bancos de dados. Além disso, ferramentas dotadas de inteligência artificial serão cada vez mais utilizadas no processo de interpretação dessas informações.
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Outras soluções vão começar a se popularizar devido a um menor custo de desenvolvimento e implementação, como o uso de equipamentos de realidades virtual e aumentada para as vendas de empreendimentos imobiliários. Tecnologias que ainda não são muito utilizadas no mercado – como o uso do blockchain em aplicações que não estão diretamente ligadas às criptomoedas – vão começar a ser mais vistas pelos profissionais do setor, apesar de sua adoção não ser imediata.
FORBES conversou com especialistas do setor sobre o que deve movimentar o marketing digital no Brasil em 2018, e selecionou as seis principais tendências, que estão na galeria a seguir.
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iStock 1. Big Data e Inteligência Artificial
O Big Data foi uma das apostas das empresas no ano passado, que dedicaram boa parte do ano na construção de grandes bancos de dados. Em 2018, os esforços serão para o desenvolvimento de soluções para o entendimento, interpretação e análise dessas informações, com o objetivo de facilitar a criação de insights para a tomada de decisão.
De acordo com Fábio Ricotta, CEO da Agência Mestre, é imprescindível a interpretação desses dados por meio de soluções dotadas de inteligência artificial. “Um relatório que é feito em três ou quatro dias por uma equipe inteira pode ser obtido em alguns minutos”, explica.
Para Alexandra Avelar, gerente da Socialbakers no Brasil, o uso da inteligência artificial combinado com o Machine Learning vai permitir a ascensão da análise preditiva nas agências. “Será uma forte tendência para os próximos 12 meses”, diz ela, apontando que a análise preditiva vai possibilitar uma comparação entre os dados históricos e atuais das empresas, melhorando a qualidade da análise para a tomada de decisão.
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iStock 2. Chatbots
Os chatbots – programas de computador com inteligência artificial que conversam com as pessoas – começaram a ser implementados nos Serviços de Atendimento ao Cliente (SAC) das empresas no ambiente digital em 2017. “Agora, a tendência é que o uso da tecnologia seja disseminado”, diz Ricotta. “Foi, até o momento, uma automação simples”, explica André Miceli, professor de marketing digital da FGV, apontando que a inteligência artificial ainda não é muito utilizada nos chatbots.
Miceli acredita que a redução do custo de desenvolvimento de algoritmos para chatbots vai popularizar a ferramenta, ampliando sua adoção por e-commerces até de pequenos comércios, como padarias e pizzarias.
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iStock 3. Blockchain
O blockchain é uma base de registros e dados distribuídos e compartilhados de forma descentralizada, sem intermediários, cuja função é registrar as transações que ocorrem em um mercado – como se fosse um livro-caixa. É a tecnologia por trás do Bitcoin, mas, na visão de André Miceli, 2018 vai presenciar a separação dos dois conceitos, com o blockchain sendo cada vez mais visto como uma nova técnica para o desenvolvimento de soluções em diversos negócios. Para Fábio Ricotta, a tecnologia tem a capacidade de retirar intermediários nas negociações para anúncios digitais, mas ele ainda não vê o blockchain deslanchar este ano – no máximo, empresas vão iniciar o desenvolvimento de soluções baseadas neste recurso.
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iStock 4. Moedas digitais
A alta exponencial do Bitcoin em 2017 abriu uma oportunidade para a ascensão de outras criptomoedas, especialmente aquelas que têm um fim específico, como a intermediação da compra e venda de produtos e serviços em uma plataforma. Neste sentido, Miceli relembra do lançamento da moeda digital da Kodak – a KodakCoin -, destinada aos fotógrafos que vão gerenciar o direito de imagem de seus portfólios na plataforma KodakOne. E não é só isso: as criptmoedas de nicho também possibilitam ao detentor negociá-las com o objetivo de obter um ganho com eventuais valorizações.
Por isso, haverá ao longo de 2018 outras Initial Coin Offerings (ICOs), operação semelhante à oferta de ações na bolsa de valores (IPO, da sigla em ingês), mas, neste caso, referindo-se ao lançamento de moedas digitais no mercado. As ICOs serão de concorrentes do bitcoin até criptomoedas que visam facilitar as negociações em mercados como games, agricultura etc.
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iStock 5. Realidades virtual e aumentada
O mercado imobiliário vai ser a porta de entrada para a popularização das realidade virtual e aumentada no Brasil, acredita André Miceli. “Quanto mais próximo da realidade estiver a demonstração do apartamento, maior a possibilidade da compra”, afirma. Diferentemente dos games, em que as variáveis dinâmicas envolvidas acabam encarecendo o desenvolvimento, a projeção de um apartamento em um ambiente virtual é menos complexa e custa menos.
Outros setores que têm características semelhantes ao do mercado imobiliário também podem se beneficiar dessas tecnologias, pois o preço dos equipamentos está caindo. Além disso, a popularização também vai elevar a produção de conteúdo nesta tecnologia.
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iStock 6. E-commerce
Este ano deve marcar o amadurecimento do e-commerce brasileiro, diz André Miceli. A estratégia do Magazine Luiza de integrar as operações física e online para concorrer com a Amazon vai levar outros players a seguirem a mesma estratégia da companhia de Luiza Trajano. Além disso, as pequenas e médias empresas vão deixar de implementar seus sites de comércio eletrônico apenas com o objetivo de divulgar seus produtos em uma interface simples e com poucas opções de pagamento: haverá uma maior sofisticação por meio da produção de conteúdo, especialmente com a criação de newsletter para aumentar as vendas.
1. Big Data e Inteligência Artificial
O Big Data foi uma das apostas das empresas no ano passado, que dedicaram boa parte do ano na construção de grandes bancos de dados. Em 2018, os esforços serão para o desenvolvimento de soluções para o entendimento, interpretação e análise dessas informações, com o objetivo de facilitar a criação de insights para a tomada de decisão.
De acordo com Fábio Ricotta, CEO da Agência Mestre, é imprescindível a interpretação desses dados por meio de soluções dotadas de inteligência artificial. “Um relatório que é feito em três ou quatro dias por uma equipe inteira pode ser obtido em alguns minutos”, explica.
Para Alexandra Avelar, gerente da Socialbakers no Brasil, o uso da inteligência artificial combinado com o Machine Learning vai permitir a ascensão da análise preditiva nas agências. “Será uma forte tendência para os próximos 12 meses”, diz ela, apontando que a análise preditiva vai possibilitar uma comparação entre os dados históricos e atuais das empresas, melhorando a qualidade da análise para a tomada de decisão.