A Austrália anunciou hoje (4) que pretende se tornar o quarto país do mundo a legalizar a exportação de maconha medicinal, na tentativa de entrar em um mercado global estimado em US$ 55 bilhões.
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O cultivo da maconha ainda é relativamente pequeno na Austrália, já que o uso recreativo continua ilegal, mas o governo espera que o uso medicinal doméstico, legalizado no ano passado, e as exportações fortaleçam a produção rapidamente.
“Nosso objetivo é muito claro: dar aos agricultores e produtores a melhor oportunidade de se tornarem os exportadores de maconha medicinal número um do mundo”, disse o ministro da Saúde, Greg Hunt, a repórteres em Melbourne.
As ações dos mais de uma dúzia de produtores de cannabis australianos listados na bolsa local dispararam após o anúncio.
O Cann Group encerrou o dia com alta de 35%, o AusCann Group subiu quase 54% e o BOD Australia fechou o pregão com cerca de 39% de alta – todas cifras recordes para estas empresas. A Hydroponics Company eve uma alta de 30%, alcançando seu preço mais alto em cinco semanas.
Peter Crock, diretor-executivo do Cann Group, que cultiva maconha para fins medicinais e de pesquisa, disse que a produção de maconha medicinal vem sendo prejudicada pela demanda limitada de pacientes australianos.
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Até agora só Uruguai, Canadá e Holanda legalizaram a exportação de maconha medicinal. Israel disse que pretende fazê-lo dentro de meses.
A proposta do governo da Austrália precisa da aprovação do Parlamento, que volta ao trabalho em fevereiro. O Partido Trabalhista, principal força de oposição do país, assinalou que apoiará a medida.