A empresa de processamento de cartões de crédito e débito Stone Pagamentos SA está planejando uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) em Nova York no segundo semestre do ano, disseram três pessoas com conhecimento do assunto.
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O objetivo da operação é angariar fundos para competir com os rivais maiores Cielo e a Rede, divisão do Itaú Unibanco.
A Stone discutiu com os bancos de investimento uma transação na qual a empresa levantaria recursos e alguns acionistas venderiam parte de suas participações, acrescentaram as fontes, pedindo anonimato porque as negociações ainda são sigilosas. A Stone ainda não contratou assessores.
A empresa, controlada pelos fundadores André Street e Eduardo Pontes, tem entre seus acionistas minoritários a empresa britânica de aquisição Actis LLP e a brasileira Gávea Investimentos Ltda.
Outros acionistas incluem a Madrone Capital Partners, uma empresa de investimentos com sede nos EUA que gerencia parte da fortuna da família Walton – principal proprietária do gigante de varejo Walmart, e três dos fundadores do 3G Capital: Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira.
Stone, Gávea e Madrone não comentaram imediatamente. Actis não quis comentar.
CORRIDA PARA CRESCER
A Stone seria a segunda empresa brasileira de processamento de cartões a listar ações em bolsa neste ano, com a concorrência na indústria aumentando em meio à incipiente recuperação econômica depois da severa recessão.
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A PagSeguro Internet apresentou pedido para um IPO no mês passado, que terá como coordenadores os bancos Goldman Sachs & Co, Morgan Stanley, Credit Suisse Group AG, Deutsche Bank Securities e Bank of America Merrill Lynch. Parte do grupo de mídia brasileiro Universo Online SA (UOL), a empresa pretende levantar pelo menos US$ 1,6 bilhão. O IPO vai ser precificado na próxima semana e as ações começarão a ser negociadas no dia 24 de janeiro.
Os acionistas da Stone estão esperando a precificação do IPO da PagSeguro para prosseguir com os planos de oferta de ações, acrescentaram as fontes. Ainda de acordo com elas, a Stone tem 4,5% do mercado de pagamentos do Brasil, em que uma dúzia de empresas de processamento de cartões está competindo por uma participação no crescimento robusto.
Em 2015, apenas 32% dos brasileiros com mais de 15 anos tinham um cartão de crédito, em comparação aos 60% nos Estados Unidos, segundo o Banco Mundial.