O aplicativo de mensagens WhatsApp disse hoje (18) que vai permitir, pela primeira vez, contas empresariais, um passo que aproxima o serviço gratuito de um plano para gerar receita para o seu controlador, o Facebook.
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Empresas já utilizam o WhatsApp, com 1,3 bilhão de usuários, para responder a consultas de clientes. As contas comerciais permitirão configurar saudações automáticas, ver estatísticas sobre as mensagens e elaborar uma página de perfil com horas de operação e outras informações, disse o WhatsApp. As contas destinam-se a empresas que recebem um grande volume de mensagens pelo WhatsApp, afirmou o chefe de operações do aplicativo, Matt Idema. “O que vimos foi uma necessidade de as empresas terem ferramentas mais eficientes”, disse Idema em uma entrevista.
Idema, que era um executivo do Facebook antes de se juntar ao WhatsApp no ano passado, disse que o aplicativo de mensagens pretende cobrar de alguma forma das empresas no futuro, mas acrescentou que é muito cedo para discutir quando isso vai acontecer ou como serão os serviços empresariais.
O Facebook comprou o WhatsApp em 2014, por US$ 19 bilhões, atraído pelo tamanho de sua base de usuários. O WhatsApp costumava cobrar uma taxa de assinatura anual de US$ 1, mas desistiu da cobrança em 2016, deixando o serviço sem uma fonte de receita.
As opções de receita futura são poucas porque o presidente-executivo do WhatsApp, Jan Koum, e o presidente do Facebook, Mark Zuckerberg, descartaram publicidade no aplicativo, um fator que aumenta a popularidade do serviço. O WhatsApp compete em um mercado que tem também o aplicativo Messenger, do próprio Facebook, o WeChat, da Tencent Holdings, e muitos outros serviços de mensagens.
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O WhatsApp disse que as contas comerciais estarão disponíveis a partir desta quinta-feira por meio do aplicativo WhatsApp Business no Google Play Store, na Grã-Bretanha, Indonésia, Itália, México e Estados Unidos.
A empresa planeja lançar as contas em outros países nas próximas semanas e, eventualmente, ter uma versão para iPhones.