Na última terça-feira (10), a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) aprovou a inscrição da Porsche como construtor da Fórmula E. A fabricante alemã, que em 2017 havia anunciado sua intenção de participar da sexta temporada da competição – prevista para o final de 2019 -, tem agora o aval para continuar a desenvolver o seu próprio sistema de propulsão elétrica.
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Para Fritz Enzinger, vice-presidente da Porsche, o trabalho desenvolvido pela FIA junto a Alejandro Agag, fundador e chefão da FE, foi essencial para a presença da marca na disputa. “Graças a esse trabalho, seremos capazes de competir, na pista, contra os maiores fabricantes de automóveis do mundo.”
Enquanto o chassi e a bateria dos automóveis da competição são fornecidos pela Fórmula E, os demais componentes do sistema de propulsão são desenvolvidos pelos participantes. Com total liberdade aos construtores para encontrar a solução mais adequada para a eficiência energética do sistema, a competição acaba sendo uma incentivadora do desenvolvimento tecnológico de automóveis elétricos que podem ser utilizados na estrada.
A marca alemã tem colocado em foco as possibilidades e performance dos veículos elétricos. De acordo com Andreas Seidl, responsável técnico dos automóveis de corrida Porsche, “quanto mais os nossos engenheiros aprofundam o tema, mais fascinantes as soluções se tornam”. O primeiro veículo elétrico da companhia, que será usado para teste do sistema de propulsão elétrica, está previsto para chegar no início de 2019.
Além da estreia na Fórmula E, o próximo ano também será marcado pelo lançamento do primeiro carro esportivo totalmente elétrico da Porsche, o Concept Study Mission E, considerado o mais avançado do segmento no aspecto tecnológico. Até o final de 2022, a fabricante pretende investir mais de € 6 bilhões na modalidade elétrica.