O Facebook lançou hoje (24) um arquivo de anúncios políticos dos Estados Unidos que mostra quem pagou por eles, além de outros detalhes, após protestos contra a suposta compra de mídia pela Rússia nas eleições de 2016. A ferramenta será lançada em outros países nos próximos meses.
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O Facebook, que tem 2,2 bilhões de usuários ativos mensais, prometeu há sete meses criar um cache alegando, na véspera das audiências no Congresso dos EUA, que queria aumentar a transparência sobre seu papel na propaganda política.
Serviços digitais como Facebook, Twitter, Google e YouTube potencializaram a forma como as campanhas políticas alcançam eleitores em muitos países devido ao seu poder de segmentar anúncios para públicos estreitos e do baixo custo em comparação com anúncios de televisão.
A partir de hoje, todos os anúncios norte-americanos sobre eleições ou questões políticas no Facebook e no Instagram, que pertence ao Facebook, devem ser rotulados com o nome de quem está pagando, explicou Rob Leathern, diretor de gerenciamento de produtos publicitários da rede social, em um post. O arquivo começa com anúncios publicados em maio.
Ao clicar no rótulo, a pessoa é levada a um arquivo com informações como o orçamento da campanha, quantas pessoas a viram e a demografia delas, como idade, localização e sexo. “Acreditamos que o aumento da transparência levará a uma maior responsabilização e responsabilidade ao longo do tempo, não apenas para o Facebook, mas também para os anunciantes”, disse o executivo.
Google e Twitter disseram que planejam construir bancos de dados similares.