A China Tower, maior operadora mundial de torres de telefonia móvel, pediu registro para listar suas ações em Hong Kong, no que pode ser o segundo IPO (oferta inicial de ações, na sigla em inglês) de US$ 10 bilhões este ano naquele mercado.
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A empresa, criada em 2014 a partir das operações de torres de três provedores estatais chineses de telefonia, fez o pedido pouco mais de uma semana após a fabricante chinesa de smartphone Xiaomi pedir registro para IPO que pode também levantar até US$ 10 bilhões.
Esta poder ser a primeira vez que a cidade recebe duas mega ofertas desde 2010, quando a seguradora AIA e o Agricultural Bank of China captaram US$ 20 bilhões e US$ 22 bilhões, respectivamente.
A expectativa é que a China Tower busque um valor de até US$ 40 bilhões, segundo fontes com conhecimento dos planos.
O tamanho final das duas ofertas vai depender do humor do mercado e do apetite do investidor. A Xiaomi deve emitir suas ações em julho, enquanto a China Tower busca sua oferta logo após o verão (na China), disseram as fontes.
O IPO da China Tower é liderado pelo China International Capital (CICC) e pelo Goldman Sachs.
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A empresa operava 1,9 milhão de torres no fim de 2017. Sua receita operacional subiu quase 23% no ano, para 68,7 bilhões de iuanes (US$ 10,8 bilhões), enquanto o lucro subiu mais de 25 vezes, para 1,9 bilhão de iuanes.
Inicialmente, a expectativa era que o IPO fosse lançado no início deste ano, mas foi adiado, segundo fontes, pelas dificuldades de obter todas as aprovações de reguladores, assim como dos três principais proprietários da empresa: China Mobile, China Telecom e China Unicom.
As três combinaram suas torres em uma tentativa de agilizar operações e reduzir a duplicação. Naquele momento, a China Mobile tinha 38%, China Unicom, 28,1% e a China Telecom, 27,9%. A China Reform Holding, gestora estatal de ativos, ficou com os 6% restantes.
As norte-americanas American Tower e Crown Castle International são negociadas em cerca de 54 vezes e 111 vezes os lucros do ano passado, respectivamente, de acordo com dados da Thomson Reuters.