A Azul anunciou hoje encomenda adicional de 21 jatos E195 de segunda geração da Embraer, ampliando o total de pedidos firmes feitos à fabricante brasileira para 51 unidades, afirmou a terceira maior companhia aérea do Brasil.
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A Azul não informou o valor da encomenda, mas, no final de fevereiro, a Embraer afirmou que o preço de tabela do E195 de segunda geração era de US$ 58 milhões.
Segundo a companhia aérea, “como maior operador E195 do mundo, a Azul se beneficiará de condições de compra favoráveis, incluindo flexibilidade de acordo com as oportunidades de crescimento do mercado”.
As ações da Embraer tocaram máxima da sessão a R$ 21,52, em alta de 2,48%, após o anúncio, mas perdiam o fôlego. Às 12h36, os papéis avançavam 1%, em linha com o Ibovespa.
O aumento das encomendas firmes da Azul, feito durante a feira britânica de aviação de Farnborough, acontece depois que a companhia aérea norte-americana JetBlue decidiu, na semana passada, trocar sua frota de jatos da Embraer por modelos comercializados pela parceria Airbus-Bombardier.
A companhia aérea norte-americana, uma das principais clientes da fabricante brasileira, tem entre os fundadores David Neeleman, presidente do conselho de administração da Azul. Receios de que a Azul poderia acompanhar os passos da JetBlue chegaram a pesar sobre as ações da Embraer nos últimos dias, embora a companhia aérea brasileira tenha afirmado que, apesar do “relacionamento próximo, JetBlue e Azul são companhias independentes”.
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A encomenda elevada ocorre em um momento em que a Azul renova sua frota. A empresa se prepara para devolver metade dos aviões de primeira geração da Embraer nos próximos cinco anos. “Esse novo pedido garante a substituição destas aeronaves por aeronaves de nova geração, mais eficientes na queima de combustível”, afirmou a Azul em comunicado.
As entregas dos aviões da Azul fabricados pela Embraer começam em 2019. Os modelos serão configurados com 136 assentos, 15% a mais que a versão anterior da aeronave. Segundo a Azul, os novos aviões permitirão redução de pelo menos 26% no custo por assento comparado com a geração anterior por conta de consumo menor de combustível.
“Nossa frota de aeronaves da Embraer sempre foi e sempre será fundamental para nossa malha e estratégia de frota”, afirmou o presidente-executivo da Azul, John Rodgerson, em comunicado à imprensa.