Um novo relatório divulgado pela Global Off-Grid Lighting Association (GOGLA), associação industrial independente sem fins lucrativos, na última quarta-feira (18), destacou os benefícios da energia solar para as famílias do leste da África.
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Os pesquisadores que conduziram o estudo reuniram dados de 2.300 proprietários de painéis de energia solar no Quênia, Moçambique, Ruanda, Tanzânia e Uganda para avaliar o impacto das instalações renováveis em seus meios de subsistência.
Segundo resultados, quase 60% dos entrevistados relataram crescimento da atividade econômica nos primeiros três meses de uso do sistema solar doméstico. Isso inclui aumento de renda, oportunidades de emprego e mais tempo de trabalho.
Outros impressionantes 94% disseram que a qualidade de vida melhorou graças ao sistema off-grid (que se auto-sustenta por meio da utilização de baterias) e, desses, 86% afirmaram possuir atualmente maior renda. Aumento da disponibilidade de luz e melhorias na saúde também foram altamente relatadas pelos integrantes das famílias consultadas.
O resultado da energia limpa, independente e segura abriu novas portas para muitas comunidades, oferecendo oportunidades para começar novos negócios e ampliar o horário de trabalho. A energia solar também está incentivando as famílias a reduzirem o consumo de lâmpadas de querosene – 90% dos entrevistados disseram ter feito a substituição. Estas lâmpadas, além de caras, representam uma ameaça à vida, porém ainda são utilizadas por milhões de pessoas, principalmente em regiões em desenvolvimento.
Segundo a agência de notícias “Climate Action”, o diretor executivo da GOGLA, Koen Peters, disse que o novo relatório mostra que “os benefícios econômicos e sociais da energia solar off-grid são uma grande oportunidade para os governos dos países em desenvolvimento”.
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“Os governos dizem que estão interessados em empregos e impacto econômico. Como demonstra o relatório, a energia solar off-grid está fornecendo tais impactos de forma direta e significativa. É aconselhável que os tomadores de decisões, departamentos econômicos e de energia trabalhem em conjunto com empresas, bancos e instituições para quebrar barreiras quanto à produção solar off-grid, construindo um caminho de aceleração do acesso.”
A pesquisa foi financiada pelo Departamento para o Desenvolvimento Internacional do Reino Unido, que arrecadou mais de US$ 5,2 bilhões para apoiar a adaptação e o abrandamento climático de regiões em desenvolvimento.