A varejista de moda Lojas Renner elevou em 38,4% o lucro líquido do terceiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, para R$ 194,2 milhões, apoiada em crescimento de receita e controle de despesas.
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“Tivemos bom ritmo de vendas e conseguimos expandir margens comercial e bruta, mesmo em cenário ainda de incerteza e baixa atividade econômica… E estamos bem preparados para o quarto trimestre”, afirmou hoje (25) à Reuters o diretor financeiro e de relações com investidores da companhia, Laurence Gomes.
De acordo com ele, o ano vinha sendo desafiador do ponto de vista do consumo por causa do elevado nível de incertezas, mas o desfecho eleitoral deve contribuir para a melhora da confiança, beneficiando as compras de Natal. “Dificilmente veremos um Natal exuberante, mas temos condições de fazer um bom Natal”, comentou o executivo.
Para 2019, Gomes disse que a expectativa é de crescimento moderado da economia brasileira. “Considerando também todos os investimentos que fizemos para fortalecer nosso modelo de negócios, acho que temos condições de ter um bom ritmo de vendas no ano que vem”, afirmou.
Questionado sobre as aberturas de lojas, ele destacou que a companhia ainda não concluiu o plano orçamentário e que o foco será a integração dos canais online e físico. Em 2018, a meta era abrir entre 60 e 70 unidades, incluindo todas as marcas. “Mas vamos ter postergações de lojas que iam abrir no quarto trimestre e ficarão para 2019. É questão de calendário, acontece todos os anos”, ponderou o diretor financeiro e de RI.
Só no terceiro trimestre, foram inauguradas 14 lojas, sendo três da bandeira Renner, seis da Camicado, duas da Youcom e três da nova marca Plus Size, a Ashua.
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A receita líquida total da Lojas Renner cresceu 13,1% entre julho e setembro, para R$ 1,7 bilhão. No conceito mesmas lojas, o crescimento foi de 6,9% na comparação com o terceiro trimestre de 2017. Enquanto isso, as despesas operacionais totais subiram 8,9% ano a ano, somando R$ 668,8 milhões.
O desempenho operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado total cresceu 15,9% na mesma base, para R$ 347 milhões, enquanto a margem Ebitda subiu 0,5%, para 20,3%.
Já o resultado financeiro líquido veio negativo em R$ 17,5 milhões no terceiro trimestre, 18,1% menor na comparação anual, após queda no custo de financiamento e redução do endividamento.
Ao fim de setembro, a Lojas Renner contava com uma dívida líquida de R$ 799,4 milhões, montante 5,1% abaixo do apurado um ano atrás. Com isso, a alavancagem medida pela relação dívida líquida sobre Ebitda caiu para 0,49 vez, de 0,58 vez em setembro de 2017.
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A varejista de moda investiu R$ 158,3 milhões no terceiro trimestre, alta de 17,3% na comparação anual, elevando o total desembolsado no ano para R$ 386,6 milhões.
As ações da Lojas Renner encerraram o dia em alta de 3,29%, cotadas a R$ 36,15, enquanto o Ibovespa subiu 1,23%. Em 2018, os papéis acumulam ganho de cerca de 3%.