Um foguete da Virgin Galactic chegou ao espaço hoje (13) e retornou em segurança ao deserto da Califórnia, encerrando anos de testes difíceis para se tornar o primeiro voo humano comercial dos Estados Unidos a chegar ao espaço desde o encerramento, em 2011, do programa norte-americano de ônibus espacial.
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O teste prenuncia uma nova era de viagens espaciais civis que poderia começar em 2019, com a Virgin Galactic, do bilionário britânico Richard Branson, batalhando com outros empreendimentos apoiados por bilionários, como a Blue Origin, do fundador da Amazon, Jeff Bezos, a primeira a vender voos suborbitais a turistas.
O avião-foquete da Virgin levou a espaçonave SpaceShipTwo até uma altitude de cerca de 45 mil pés (13,7 quilômetros) e a soltou. Segundos depois, a SpaceShipTwo disparou, atingindo uma altitude de 82 km acima da Terra, alto o suficiente para os pilotos, Mark Stucky e Frederick Sturckow, experimentarem ausência de peso e virem a curvatura do planeta. A viagem durou cerca de uma hora.
O mais recente teste de voo da empresa chega quatro anos após a SpaceShipTwo original ter caído durante um voo de teste que matou o copiloto e feriu gravemente o piloto, causando um grande revés à Virgin Galactic, uma subsidiária norte-americana do britânico Virgin Group.
“Hoje mostramos que a Virgin Galactic pode abrir o espaço para o mundo”, disse Branson, acrescentando que ele almeja uma viagem espacial comercial com passageiros, incluindo ele próprio, em março de 2019.
Mais de 600 pessoas pagaram ou fizeram depósitos para voar a bordo das missões suborbitais da Virgin, incluindo o ator Leonardo DiCaprio e o cantor Justin Bieber. Um voo de 90 minutos custa US$ 250 mil.
Pequenas viagens turísticas para o espaço a bordo do foguete New Shepard, da Blue Origin, devem custar cerca de US$ 200 mil a US$ 300 mil, pelo menos no início das operações, informou a Reuters em julho. Os ingressos serão oferecidos antes do primeiro lançamento comercial, e os voos de teste com os funcionários da Blue Origin devem começar em 2019.
Outras empresas que planejam naves espaciais de passageiros incluem a Boeing, a SpaceX, de Elon Musk, e a Stratolaunch, do cofundador da Microsoft, Paul Allen.