O dólar opera nesta manhã (18) com pouca variação ante o real, em meio a expectativas renovadas no exterior em torno das questões comerciais entre Estados Unidos e China e com as atenções voltadas a informações sobre a reforma da Previdência no cenário nacional.
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Às 10h35, a moeda norte-americana avançava 0,02%, a R$ 3,7481 na venda, após terminar a sessão anterior em alta de 0,36%, a R$ 3,7475. O dólar futuro tinha queda de cerca de 0,09%.
“O que a gente vê é o mercado trabalhando sob a influência do lado externo, com relação a se fecha ou não o acordo dos Estados Unidos com a China, com Theresa May voltando à estaca zero com o Brexit, e a questão do aço na União Europeia”, afirmou o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo.
Na guerra comercial entre EUA e China, o mercado voltou a olhar com otimismo para as negociações comerciais entre os dois países, cujo próximo encontro está previsto para o final de janeiro.
Segundo o “Wall Street Journal”, o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, discutiu suspender algumas ou todas as tarifas impostas às importações chinesas e sugeriu colocar isso na mesa no encontro do dia 30. A notícia impulsionava os mercados externos, apesar de um porta-voz do Tesouro ter negado a informação.
Do lado externo, Galhardo citou também o crescente protecionismo ao redor do mundo, como a decisão da UE de limitar a importação de aço até julho de 2021. O movimento, segundo ele, freia a possibilidade de uma recuperação mais rápida na economia brasileira. “Esse protecionismo acaba afetando o nosso produto maior de exportação de commodities, e isso acaba de uma forma ou de outra tirando um pouco a possibilidade de uma recuperação mais rápida na economia do país. Nosso tempo para recuperação acaba sendo maior”, afirmou, acrescentando que “o mercado está se protegendo”.
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No cenário interno, investidores seguem na expectativa de informações mais contundentes sobre a reforma da Previdência.
Uma fonte disse ontem (17) que a proposta da Previdência que será apresentada pelo governo terá um tempo de transição maior que 12 anos, mas menor do que os 20 anos do texto submetido ao Congresso Nacional pelo ex-presidente Michel Temer.
No entanto, uma definição mesmo deve vir só após a viagem do presidente Jair Bolsonaro e do ministro da Economia, Paulo Guedes, ao Fórum Econômico Mundial, evento que será realizado entre os dias 22 e 25 de janeiro em Davos, na Suíça.
O Banco Central realiza nesta sessão leilão de até 13,4 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares para rolagem do vencimento de fevereiro, no total de US$ 13,398 bilhões. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.