A bolsa paulista teve a segunda queda seguida hoje (22), espelhando o sentimento de aversão a risco no exterior em meio a renovadas preocupações sobre o crescimento da economia global e o impasse comercial entre Estados Unidos e China.
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O Ibovespa caiu 0,94%, a 95.103,38 pontos. Na mínima, o indicador perdeu 1,4%, a 94.661,91 pontos. O giro financeiro da sessão somou R$ 13,77 bilhões.
Em 2019, o índice ainda acumula valorização de 7,9%, após altas de aproximadamente 39% em 2016, 27% em 2017 e 15% em 2018.
Segundo o analista Rafael Passos, da Guide Investimentos, os investidores aproveitaram para embolsar parte dos lucros recentes, dada a ausência de novidades sobre a reforma da Previdência e o viés mais negativo das bolsas internacionais.
“Não vejo grande gatilho para o Ibovespa retomar o fôlego e surfar próximo aos 100 mil pontos… Ainda ficamos à mercê do exterior”, disse Passos, citando potencial para o índice sustentar o nível de 95 mil pontos.
Preocupações sobre a economia mundial recrudesceram após o Fundo Monetário Internacional (FMI) cortar em 0,2% a previsão do crescimento global em 2019, para 3,5%. Para 2020, a expansão projetada agora é de 3,6%, queda de 0,1% na comparação com a estimativa anterior.
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Pela manhã, expectativas para o discurso do presidente Jair Bolsonaro no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, limitaram as perdas. No pronunciamento, de cerca de seis minutos, o presidente voltou a falar sobre planos para reformas no Brasil, mas não deu detalhes.
No decorrer do pregão, as atenções se voltaram para o impasse comercial entre Pequim e Washington após o “Financial Times” publicar, citando fontes, que os Estados Unidos recusaram oferta da China para diálogo preparatório uma reunião antes de negociações de alto nível na próxima semana.