Fundador e CEO da Farfetch, empresa de comércio eletrônico de moda de luxo, o português José Neves voltou a ser bilionário, graças ao salto das ações de sua empresa na Bolsa de Valores nesta semana.
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O valor das ações subiu em mais de 12% desde o anúncio feito na última terça-feira (26) de que a loja de departamentos londrina Harrods começaria a usar sua plataforma de e-commerce, a Farfetch Black & White.
Aos 44 anos, Neves se tornou bilionário logo após sua companhia abrir capital, em setembro de 2018, na bolsa New York Stock Exchange. No entanto, as ações da Farfetch caíram significativamente em meados de dezembro e ficaram em torno do valor da oferta pública (US$ 20 por ação). Agora, com o valor das ações a US$ 24,50 cada uma, Neves voltou a ter uma fortuna de US$ 1 bilhão.
A Farfetch tem uma estrutura dupla de ações, que dá ao executivo português mais de 77% no peso do seu voto, embora ele possua cerca de 15% da empresa.
Originário do norte de Portugal, Neves tem formação em tecnologia e moda. Programador desde os 19 anos, ele também já foi designer de sapatos e dono de uma boutique de moda, antes de lançar a Farfetch, em 2008.
A empresa de comércio eletrônico, com sede em Londres, conta com 3,2 mil marcas de luxo em seu portfólio de produtos. Em agosto de 2018, Neves afirmou que a plataforma servia para suprir as necessidades particulares de marcas luxuosas e seus clientes. Segundo o empresário, em 2007, quando elaborou o conceito da empresa, as plataformas de comércio eletrônico eram centradas no consumidor, mas utilizando preços como filtros. “Essa é a antítese da moda de luxo, que é motivada pela emoção, individualidade e personalidade. Pela criatividade, e não por preços”, comentou, em carta enviada a investidores na época.
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Fiel à sua missão, a Farfetch oferece produtos de alta qualidade, incluindo das marcas Balenciaga e Gucci. No entanto, a companhia se expandiu para além do mercado de luxo. Além da plataforma Black & White, para a marca Harrods, a empresa de comércio eletrônico também desenvolveu tecnologias que permitem que marcas possam coletar informações de consumo. Denominada “Store of the Future” (“Loja do Futuro”, em tradução livre), o sistema já é utilizado em unidades da loja Thom Browne, em Londres e Nova York.
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