O dólar fechou em leve queda ante o real hoje (5), com foco na reforma da Previdência em dia de reuniões entre membros do governo e do Congresso, e em meio a um ambiente de maior apetite por risco no exterior.
LEIA MAIS: Dólar tem pouca variação ante real
A moeda norte-americana recuou 0,17%, a R$ 3,6664 na venda. Na máxima da sessão, chegou a R$ 3,6850 e, na mínima, tocou R$ 3,6618. O dólar futuro operava com variação negativa de 0,14%.
O dólar, que rondou a estabilidade frente ao real durante boa parte do pregão, passou a cair com um pouco mais de força após declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, e do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, à imprensa.
Maia afirmou que se a Previdência for aprovada na Câmara até maio, o Senado poderá votar o texto em junho ou julho, declaração que agradou o mercado.
“Uma sinalização nesse sentido, de que a reforma viria em um prazo relativamente curto, traz confiança para o mercado, é uma boa sinalização para o investidor estrangeiro”, afirmou o analista-chefe da Geral Investimentos, Carlos Müller.
Guedes, por sua vez, disse que o governo busca uma economia de ao menos R$ 1 trilhão em 10 anos com a reforma que enviará ao Congresso.
VEJA TAMBÉM: Dólar sobe ligeiramente ante real
Segundo o ministro, o governo trabalha com “duas ou três alternativas” da reforma e que isso será entregue a Bolsonaro, que baterá o martelo assim que ele retornar a Brasília.
Também nesta terça-feira o vice-presidente, Hamilton Mourão, disse que Bolsonaro e Guedes ainda não chegaram a um consenso sobre a igualdade em idade mínima de aposentadoria para homens e mulheres.
No lado externo, o mercado aguarda o discurso de Estado da União que Trump fará na noite de hoje, em que deve fazer pressão sobre o muro na fronteira com o México, além de tocar em pontos de política externa, como Venezuela e negociações comerciais entre EUA e China.
Uma sinalização favorável de Trump no que diz respeito a comércio pode alimentar o apetite por risco, que vem sendo ligeiramente impulsionado por dados fortes de emprego nos EUA e uma abordagem mais moderada do Federal Reserve.
O Banco Central brasileiro vendeu nesta sessão 10,33 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares. Desta forma, rolou US$ 1,549 bilhão do total de US$ 9,811 bilhões que vencem em março.