O Ibovespa fechou em alta hoje (12), com papéis de commodities e bancos entre os principais suportes, em meio a um clima mais positivo nos mercados no exterior e apostas de avanço na pauta de reformas do governo, em particular a da Previdência.
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Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,86%, a 96.168,40 pontos. O volume financeiro somou R$ 16,6 bilhões.
A alta ocorre após o Ibovespa recuar quase 1% ontem (11), ampliando para 3% a queda nos primeiros dias de fevereiro.
“O mercado rapidamente saiu dos 98.000 para os 94.000, sem grandes notícias, e está recuperando parte das perdas hoje”, afirmou Pedro Menezes, membro do comitê de investimento de ações e sócio da Occam Brasil Gestão de Recursos, citando o cenário externo mais favorável entre os suportes.
No exterior, o foco esteve em negociações comerciais entre Washington e Pequim, com declarações relativamente positivas de ambos os lados abrindo espaço para esperanças de que um acordo seja alcançado antes do prazo de 1º de março, a fim de evitar uma elevação das tarifas comerciais.
O presidente Donald Trump afirmou que os EUA têm uma grande equipe na China tentando alcançar um acordo e que Pequim quer muito fechar um pacto. Também não descartou prorrogar um pouco o prazo para fechar um acordo.
O viés benigno foi endossado por acordo preliminar nos Estados Unidos para evitar nova paralisação do governo norte-americano. Embora Trump ainda não tenha decidido sobre o mesmo, disse que nova paralisação é improvável. Em Wall Street, o S&P 500 tinha alta de 1,3%.
No Brasil, a possibilidade de o presidente Jair Bolsonaro sair do hospital nesta semana, talvez até amanhã (13), animou agentes financeiros, uma vez que a definição do texto da reforma da Previdência depende do aval do mesmo.
De acordo com o porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros, o presidente Jair Bolsonaro poderá ter alta já na quarta-feira, mas ainda depende de avaliação médica.
“O empenho de Bolsonaro em defender a reforma e a condução das negociações com os líderes partidários nos próximos meses serão determinantes para compreender se os bons avanços observados em janeiro se traduzirão em probabilidade relevante de aprovação da reforma necessária nos próximos trimestre”, afirmou a gestora Claritas Investimentos em nota a clientes.