O lucro da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) deu um salto no quarto trimestre, beneficiado por uma combinação de créditos fiscais extraordinários, aumento dos preços do aço e efeito cambial. A empresa também anunciou um acordo de fornecimento de minério de ferro para a Glencore, num contrato de US$ 500 milhões. A CSN anunciou que seu lucro líquido de outubro a dezembro somou R$ 1,77 bilhão, 370% maior do que o obtido em igual etapa de 2017.
LEIA MAIS: CSN projeta alta de 33% em produção de ferro até 2023
O desempenho operacional da companhia medido pelo lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado somou R$ 1,56 bilhão, um aumento de 30% sobre um ano antes. A margem Ebitda ajustada atingiu 24,7%, alta de 1,7 ponto percentual ano a ano, mas queda de 0,5 ponto na base sequencial. A receita líquida do trimestre somou R$ 6,05 bilhões, aumento de 21% contra um ano antes, movimento atribuído pela CSN aos maiores preços e volumes de minério de ferro e aço.
Em outra frente, a empresa teve um resultado financeiro positivo de R$ 510 milhões, após ter sido negativo em R$ 860 milhões. A diferença refletiu tanto a desvalorização do dólar contra o real, que gerou variação cambial de R$ 215 milhões, além da receita financeira oriunda de atualização monetária do reconhecimento da não inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS/Cofins.
No fim de 2018, a CSN tinha dívida líquida de R$ 26,6 bilhões, o que equivalia a 4,55 vezes o Ebitda, índice inferior às 5,82 vezes de um ano antes. A CSN também anunciou que sua subsidiária CSN Mineração concluiu contrato de cinco anos com a suíça Glencore para fornecer 22 milhões de toneladas de minério de ferro, num acordo avaliado em US$ 500 milhões. A CSN estimou que o negócio reduzirá a relação dívida líquida/EBITDA Pro Forma para 4,1 vezes.