O setor de serviços do Brasil teve em fevereiro o crescimento mais forte em um ano, impulsionado por grande aumento dos novos negócios, que favoreceu a contratação de funcionários, mostrou hoje (7) a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês).
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O PMI de serviços do Brasil subiu de 52 para 52,2 entre janeiro e fevereiro, graças à demanda mais forte, à confiança no novo governo e à obtenção de novos clientes, segundo o IHS Markit. Índices acima de 50 indicam crescimento.
Os novos negócios aceleraram no mês para o nível mais forte desde janeiro de 2013, com vendas robustas registradas nos segmentos de Informação e Comunicação, Finanças e Seguros e Serviços Imobiliários e de Negócios. A demanda internacional teve leve aumento.
Diante das condições favoráveis de demanda e de projeções otimistas, os fornecedores de serviços brasileiros criaram novas vagas de emprego em fevereiro. O aumento no número de funcionários foi o segundo nos últimos quatro anos.
Em relação aos preços cobrados, o PMI mostrou a primeira redução desde maio de 2018, após três meses de leve alta. As empresas que ofereceram descontos citaram a competição e iniciativas para aumentar as vendas.
“Para os fornecedores de serviços, a decisão de retomar os esforços de contratações contribuiu para aumento mais acentuado na carga de custos. Vemos que as margens foram comprimidas por descontos de preços em meio a um ambiente competitivo”, afirmou a economista do IHS Markit Pollyanna De Lima.
Isso aconteceu apesar de os preços dos insumos terem atingido a máxima de três meses, com aumentos em serviços públicos, transportes, aluguéis, alimentos e custos trabalhistas.
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Já a confiança do setor se fortaleceu, com quase 64% das empresas otimistas em relação às perspectivas para os próximos 12 meses, chegando ao nível mais alto desde outubro.
As previsões de reformas estruturais, investimentos, novas parcerias, oferta mais ampla de produtos e um cenário político melhor favoreceram o aumento no nível de confiança.
Com a indústria também registrando crescimento em fevereiro, o PMI Composto do Brasil subiu a 52,6 em fevereiro, patamar mais elevado em um ano, maior do que os 52,3 em janeiro.
“O otimismo, junto com uma demanda doméstica vigorosa e a volta do crescimento do emprego, devem garantir que a recuperação econômica do Brasil seja sustentada no curto prazo”, completou Pollyanna.
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