A Alphabet, controladora do Google, não conseguiu aproveitar os benefícios da economia norte-americana forte, que ajudou a impulsionar rivais no primeiro trimestre, e apresentou hoje (29) receita abaixo do esperado.
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As ações da empresa despencavam mais de 5% no pregão após o fechamento regular, depois de fecharem em alta de 1,5%, para o recorde de US$ 1.296,20.
Grandes rivais na área de venda de publicidade online como Facebook, Snap, Amazon.com e Twitter divulgaram na semana receita trimestral acima ou em linha com as expectativas de analistas.
A Alphabet afirmou que o faturamento trimestral subiu 17% sobre um ano antes, para US$ 36,3 bilhões, ante expectativa média de Wall Street de US$ 37,3 bilhões, segundo dados da IBES Refinitiv. Considerando efeitos cambiais, a receita subiu 19%.
O crescimento de 17% foi o mais lento em três anos e se compara à expansão de 26% obtida no mesmo trimestre do ano passado. A empresa afirmou que os cliques pagos em seus sites caíram 9% ante o trimestre anterior.
Os custos trimestrais subiram quase o mesmo que a receita, avançando 16,5% sobre um ano antes, para US$ 29,7 bilhões.
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Os 3 bilhões de usuários do Google ajudaram a maior vendedora de espaço publicitário na internet a capturar quase um terço de toda a receita na área, segundo a empresa de pesquisa de mercado EMarketer. O Facebook detém participação de cerca de 20%.
A Alphabet tem afirmado que o aumento nas despesas são justificados, uma vez que está investindo em escritórios, centros de processamento de dados e capacidades de inteligência artificial, em linha com a demanda esperada pelos serviços da empresa.
As ações da Alphabet acumulam alta de 23% neste ano, menor variação entre as empresas que compõem o grupo conhecido como “FAANG”. Facebook tem valorização de 48%, Netflix subiu 39%, Apple avançou 30% e Amazon acumula ganho de 29%.
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