Resumo da matéria
- O bilionário francês Bernard Arnault, CEO da LVMH, ultrapassou Warren Buffett e tornou-se a terceira pessoa mais rica do mundo;
- Com a divulgação do balanço do primeiro trimestre do conglomerado, ações subiram mais de 3%, e a fortuna de Arnault chegou aos US$ 87,44 bilhões;
- O departamento de moda e artigos de couro da empresa desempenhou papel importante na receita da LVMH, apresentando crescimento orgânico de 15%.
O francês Bernard Arnault, CEO do conglomerado de itens de luxo LVMH, subiu ontem (10) no ranking dos bilionários, ultrapassando Warren Buffett e tornando-se a terceira pessoa mais rica do mundo. A divulgação das receitas do primeiro trimestre da LVMH, nesta quarta-feira, elevou o preço das ações da empresa em mais de 3%, impulsionando Arnault na lista. Desde a última relação de bilionários da Forbes, publicada em dia 5 de março, sua fortuna cresceu US$ 11,2 bilhões, chegando a US$ 87,44 bilhões.
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O aumento se deve ao sucesso da LVMH, que viu sua receita crescer 16% do primeiro trimestre de 2018 para o mesmo período deste ano, atingindo US$ 14,1 bilhões em vendas, montante acima das expectativas de analistas. O salto se deu em meio à crescente estabilidade do mercado de luxo e de destilados, e apesar dos temores de que a demanda, particularmente na China, desacelerasse.
“As tendências observadas em 2018 continuaram ao longo do primeiro trimestre deste ano. Todas as regiões geográficas estão experimentando um bom crescimento”, informou a direção da empresa em comunicado à imprensa.
O departamento de moda e artigos de couro da empresa, que ostenta marcas como Christian Dior, Louis Vuitton e Celine, desempenhou papel importante nesses números, com crescimento orgânico de 15% na receita e de US$ 5,76 bilhões em vendas. A Louis Vuitton teve um trimestre ótimo, segundo a LVMH. O novo diretor artístico de moda masculina da marca, Virgil Abloh, estreou bem: suas coleções de inspiração streetwear foram um sucesso. A marca até abriu uma nova oficina de couro na França para atender à maior demanda. A LVMH também disse que a Dior, agora com o designer Kim Jones, alcançou crescimento mundial em moda e artigos de couro, assim como em perfumes e cosméticos.
No setor de destilados, que correspondem a cerca de 10% das vendas do conglomerado, o conhaque Hennessy, da marca de mesmo nome, teve um aumento de vendas de 11%, sobretudo graças aos mercados dos EUA e da China. Relógios e joias tiveram o menor nível de expansão, registrando crescimento orgânico de 4% nas vendas.
Como a maior empresa de bens de luxo do mundo, a LVMH atua como indicador para outras da mesma divisão, como a Kering, de François Pinault, que é dona da Gucci e da Balenciaga, e a Richemont, de Johann Rupert, proprietária da Cartier e da Montblanc. As ações de ambas também subiram ontem.