Os advogados do presidente-executivo da Tesla vão argumentar hoje (4) que Elon Musk não violou um acordo de fraude com a Securities and Exchange Commission (SEC, sigla em inglês, órgão que regula o mercado de capitais nos EUA) e não deve ser considerado culpado de desacato, na mais recente reviravolta de uma batalha entre o bilionário e o governo.
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A briga de Musk com a SEC, que irá se desenrolar em uma audiência no tribunal federal de Manhattan, levantou preocupações dos investidores de que isso poderia levar a restrições em suas atividades ou até mesmo sua remoção da Tesla, enquanto isso o distraía em um ponto crucial na expansão da fabricante de carros elétricos.
A Tesla, que construiu sua reputação com carros de luxo, enfrentou vários desafios de produção com seu sedã Model 3, com o qual espera chegar ao mercado de massa, oferecendo recentemente uma versão a partir de US$ 35 mil.
Em 25 de fevereiro, a SEC acusou Musk de violar seu acordo de outubro de 2018, publicando informações relevantes sobre a Tesla no Twitter seis dias antes, sem pedir a aprovação de advogados da empresa.
A batalha diz respeito a um tuíte que Musk postou para seus mais de 24 milhões de seguidores no Twitter: “A Tesla fabricou 0 carros em 2011, mas fará cerca de 500 mil em 2019”.
Quatro horas depois, Musk se corrigiu, dizendo que a produção anual provavelmente seria de cerca de 500 mil até o final do ano, com entregas no ano totalizando 400 mil.
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Os advogados do bilionário argumentaram que o tuíte anterior apenas reafirmava uma previsão que ele havia feito em 30 de janeiro, quando disse que a produção do Model 3 poderia totalizar entre 350 mil e 500 mil veículos.
Em uma entrevista em dezembro ao “60 Minutes”, da CBS, Musk disse que não tem respeito pela SEC. Ele também disse que seus tuítes não foram revisados com antecedência desde o acordo.
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