Transformar os investimentos em ativos florestais mais acessíveis, em um modelo de negócio pautado pela sustentabilidade, é o mote da Radix, startup criada há três anos pelos empreendedores Gilberto Derze e Thiago Campos.
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Os amigos decidiram criar a empresa depois de trabalhar por vários anos no mercado financeiro e de empreender em outros ramos. A startup administra R$ 500 mil em recursos captados para o plantio de 50 hectares de mogno africano, espécie madeireira muito valorizada para exportação e de crescimento relativamente rápido, de até 20 anos.
O diferencial da Radix está no modelo baseado no crowdfunding florestal: nessa modalidade, recém-aprovada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o investidor aporta a partir de R$ 500 em um título florestal com expectativa de rentabilidade de 12% ao ano, sem contar a valorização no preço da madeira.
A empresa tem atraído pequenos e médios investidores. As duas primeiras ofertas serviram para validar o conceito do negócio, e a terceira, aberta em outubro, já tem mais de 30% dos títulos comprados e 117 investidores.
Os plantios do mogno africano estão concentrados na região de Iracema, em Roraima, em terras já desmatadas anteriormente e que abrigavam pastos de baixa produtividade. “Não faria sentido, para o investidor que buscamos, que a plantação do mogno fosse realizada em áreas de floresta nativa”, diz Gilberto Derze.
Reportagem publicada na edição 64, lançada em janeiro de 2019