O dólar registrou expressiva queda ante o real hoje (24) e teve a maior baixa semanal desde fevereiro, após dias de descompressão de prêmios de risco diante de sinais positivos sobre a reforma da Previdência.
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Apesar de a articulação do governo com o Congresso seguir prejudicada, analistas preferiram se apegar aos sinais emitidos por membros do Congresso de que a reforma das aposentadorias será aprovada a despeito de eventuais ruídos entre Legislativo e Executivo.
O relator da reforma da Previdência na comissão especial da Câmara, Samuel Moreira (PSDB-SP), disse que o parecer respeitará a estimativa de economia de R$ 1 trilhão em uma década. O comentário veio depois de o ministro da Economia, Paulo Guedes, dizer que renunciará se a proposta do governo se tornar uma “reforminha”.
O presidente da comissão especial, Marcelo Ramos (PR-AM), disse à Reuters que a reforma sairá com ou sem Guedes e que a intenção é blindar a reforma.
Projetando aprovação da reforma da Previdência na comissão especial ainda neste semestre e pelo Congresso até o fim do ano, o Citi se posicionou recentemente via estratégia “put spread” de dois meses considerando taxas de câmbio de R$ 4,00 e R$ 3,85, à espera de desvalorização do dólar.
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“Pretendemos ficar ainda mais agressivos do lado positivo quando a comissão estiver prestes a aprovar a reforma da Previdência, possivelmente no fim de junho”, disseram estrategistas do Citi em nota desta sexta-feira.
Nesta sexta, o dólar à vista caiu 0,78%, a R$ 4,0160 na venda. Na semana, a cotação caiu 2,09%. É a primeira queda semanal depois de seis altas consecutivas e a mais forte desde a baixa de 2,91% da semana finda em 1º de fevereiro.
Na B3, o dólar futuro recuava 0,56% nesta sexta-feira, para R$ 4,0220.
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