O dólar cai com força ante o real na manhã de hoje (18), com investidores à espera da decisão de política monetária do Federal Reserve amanhã (19) e de olho no exterior.
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Às 10h48, a moeda norte-americana recuava 1,08%, a R$ 3,8582 na venda
Na véspera (17), o dólar fechou quase estável, com variação positiva de 0,03%, a R$ 3,9005 na venda. Neste pregão, o dólar futuro cedia cerca de 0,75%.
Investidores estão com as atenções voltadas para a reunião do Fed na quarta-feira, quando a expectativa é de que o banco central norte-americano sinalize sobre a proximidade de um corte de juros. À espera do Fed e também da decisão do Copom, agentes financeiros adotam cautela.
O anúncio do Banco Central de realização de leilões de linha para rolagem nesta sessão e na próxima também concentra atenção de agentes financeiros, que viram com bons olhos a ação da autoridade monetária.
“Com esses eventos de grande peso no radar, o BC foi muito bem em já fazer a rolagem… Caso o mercado estresse por algum motivo, o BC estará lá pelo menos vendendo US$ 2 bilhões hoje e US$ 2 bilhões na quarta-feira”, avaliou o operador de câmbio da corretora H.Commcor Cleber Alessie Machado.
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De acordo com ele, leilões de linha com finalidade de rolagem não costumam pesar no mercado, mas, neste caso, por ser uma rolagem antecipada, reflete no câmbio.
Hoje, o BC fez a rolagem do lote integral de US$ 2 bilhões ofertado em dois leilões de linha de moeda estrangeira com compromisso de recompra.
Na quarta-feira, realizará outros dois leilões com a mesma finalidade, ofertando um total de US$ 2 bilhões novamente.
Soma-se a esses fatores o cenário externo, onde o dólar perde frente a moedas emergentes, movido por otimismo cauteloso antes da decisão do Fed, movimento que o real acompanha em parte. Também melhorava o sentimento a declaração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que conversou com o líder chinês, Xi Jinping, e de que os dois vão se encontrar na reunião do G20 neste mês.
O mercado observa ainda a indicação de Gustavo Montezano para a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social após a saída de Joaquim Levy do cargo durante o fim de semana.
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“Tem um peso sim, por aparentemente ser um nome que vai pelo menos atender às demandas do [ministro da Economia] Paulo Guedes e do próprio governo de ser mais rápido na transparência e na agenda de privatizações”, disse Alessie Machado.
Agentes financeiros ainda trazem no radar de maneira otimista o início das discussões sobre o parecer do relator à reforma da Previdência, apresentado no fim da semana passada, na comissão especial.
O BC também realiza nesta sessão leilão de até 5,05 mil swaps cambiais tradicionais, correspondentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de julho, no total de US$ 10,089 bilhões.
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