A bolsa paulista fechou no vermelho hoje (5), em meio a ajustes após forte recuperação do Ibovespa na última quinzena de maio, enquanto investidores aguardam novidades efetivas na pauta política, principalmente sobre a reforma da Previdência.
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Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,42%, a 95.998,75 pontos. O volume financeiro no pregão somava R$ 12,7 bilhões.
Nos últimos quinze dias de maio, o Ibovespa subiu quase 8%, o que garantiu que fechasse o mês no azul, quebrando uma série de nove anos em que terminou o período com perdas acumuladas.
Profissionais da área de renda variável entenderam o movimento nesta sessão como alguma realização de lucro, após o mercado ter melhorado bastante diante da percepção de evolução do ambiente político.
“Parte da aprovação da reforma da Previdência já está no preço inclusive”, avaliou o gestor de uma empresa ligada a previdência complementar, com sede no Rio de Janeiro.
Em nota enviada a clientes mais cedo, a equipe da Brasil Plural ressaltou que, ao mesmo tempo em que se compromete com a aprovação da reforma da Previdência, o Congresso prioriza medidas que fortalecem suas prerrogativas.
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Nesta quarta-feira, contudo, a Comissão Mista de Orçamento (CMO) suspendeu reunião para discutir projeto que autoriza operações de crédito a fim de evitar a violação da regra de ouro, corroborando as vendas na bolsa. O Ministério da Economia divulgou nota após o fechamento do mercado para dizer que não encaminhará qualquer mudança na lei do teto dos gastos para excluir investimentos do limite de despesa.
Também da pauta política, a Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que amplia o Orçamento Impositivo, ao tornar obrigatória a execução de emendas parlamentares de bancada.
De acordo com análise técnica da equipe do Itaú BBA, o Ibovespa ganhará novo impulso para cima se conseguir superar a região dos 97.600 pontos, conforme relatório a clientes.
O pregão brasileiro descolou de Wall Street, onde o tom continuou positivo, com apostas em corte dos juros pelo Federal Reserve após dados de emprego do setor privado norte-americano e expectativa de acordo comercial entre Estados Unidos e México.
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