Resumo:
- Alterações que afetam os oceanos podem causar efeitos climáticos em todo o mundo;
- Atividade industrial e consumo humano estão diretamente relacionados com o agravamento do problema;
- Gases do efeito estufa, plástico e poluentes pontuais são os grandes responsáveis pela poluição oceânica;
- A brasileira JBS, sozinha, produz mais poluentes que afetam os mares do que as três empresas da categoria listadas na sequência juntas.
Cerca de 70% da superfície terrestre é coberta por água, o que significa que mudanças na química, temperatura e correntes oceânicas podem causar efeitos profundos no clima global. Neste contexto, a atividade industrial e o consumo humano são protagonistas do problema.
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Além das emissões de carbono e da poluição por plásticos, os oceanos também são alvo de um terceiro tipo de poluente: os de origem não pontual, como petróleo e demais produtos químicos que chegam aos oceanos por meio dos rios (óleo, herbicidas, pesticidas e fertilizantes).
Com base nessas três principais fontes de poluição oceânica, o “USA Today” publicou hoje (18), um levantamento da 24/7 Wall Street sobre as 20 companhias que mais poluem os oceanos no mundo.
Entre as produtoras de carnes e laticínios, a JBS aparece na primeira posição. Segundo o Instituto de Agricultura e Política Comercial e o GRAIN, a multinacional brasileira é a maior processadora de carne e emissora de gases do efeito estufa (GEE) da indústria alimentícia. Sozinha, a companhia emite mais gases poluentes do que as outras três seguintes juntas listadas na categoria – Tyson Foods, Cargill, e Dairy Farmers of America, consecutivamente.
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No setor de produtos de embalagens plásticas, Coca-Cola, PepsiCo, Nestlé, Danone e Mondelez International são as cinco maiores poluentes, nesta sequência. Entre as empresas agroquímicas, a Bayer aparece como a responsável pelo maior volume de insumos despejados nos mares – a gigante tornou-se a maior fornecedora de sementes e produtos químicos agrícolas após a aquisição da Monsanto.