O dólar caía ante o real hoje (24), acompanhando alguma correção global após movimento forte na véspera, à espera da decisão de política monetária do Banco Central Europeu e em dia de anúncio sobre a liberação de saques do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
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Às 10:19, a moeda norte-americana recuava 0,46%, a R$ 3,7556 na venda. Na véspera, o dólar encerrou em alta de 0,89% ante o real, a R$ 3,7729 na venda, maior alta diária em um mês. Neste pregão, o dólar futuro caía por volta de 0,5%.
O câmbio local acompanhava um movimento de correção global neste pregão após um dia de valorização forte do dólar na véspera, avaliaram agentes financeiros.
Nesta quarta-feira, as atenções estão voltadas para a reunião do Banco Central Europeu na quinta-feira (25), a primeira de outras decisões de bancos centrais na sequência.
As expectativas de que o BCE corte juros na quinta-feira – que não são consenso entre participantes do mercado – subiram depois que a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) da zona do euro caiu inesperadamente para uma mínima de três meses de 51,5 em julho, de 52,2 em junho.
Economistas consultados pela Reuters esperavam um ligeiro declínio para 52,1.
“Os números da zona do euro voltaram a decepcionar. Acho que à luz desses dados, os mercados começam a apostar fichas que o BCE já divulgue algo de efetivo amanhã”, afirmou o economista da Tendências Consultoria Silvio Campos Neto.
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No cenário doméstico, o governo vai anunciar às 16h as regras para a nova liberação de saques do FGTS, após o ministro da Economia, Paulo Guedes, ter dito na véspera que a liberação deve ficar em torno de R$ 30 bilhões neste ano, chegando a R$ 12 bilhões no ano que vem.
O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse nesta quarta-feira que os trabalhadores poderão sacar até R$ 500 de cada conta que tiverem no FGTS, tanto ativas quanto inativas, e que o período para a retirada será de agosto de 2019 a março de 2020.
O anúncio também não deve ter grande impacto no câmbio nesta quarta-feira, com investidores aguardando desdobramentos de matérias econômicas de maior calibre e em compasso de espera pela reforma da Previdência.
“O foco de curto prazo é um compasso de espera pela volta do Congresso e antes disso o Copom, como tem uma dúvida pelo tamanho do ajuste. Fora isso, fica muito dependente e reativo aos movimentos globais”, avaliou Campos Neto, referindo-se à reunião de política monetária do Banco Central na próxima quarta-feira.
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