O dólar zerou a queda de mais cedo e fechou quase estável ante o real hoje (1), com investidores aumentando a demanda conforme a moeda norte-americana ampliava os ganhos no exterior, no dia em que o Plano Real completou 25 anos.
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Lá fora, o dólar começou a acelerar a alta no início da tarde, período em que a cotação aqui também passou a ganhar tração. A moeda norte-americana à vista fechou com variação positiva de 0,06%, a R$ 3,8434 na venda. O índice do dólar no exterior ganhava 0,7%, nas máximas em duas semanas.
O mercado foi dominado ao longo do dia pela notícia de que EUA e China concordaram em retomar negociações comerciais. Mas investidores seguiram com dúvidas sobre as chances de um acordo efetivo.
“Devido à leitura de que o risco de nova escalada da guerra comercial permanece elevado, não esperamos que ativos emergentes reduzam de maneira expressiva a diferença de performance em relação a outras classes”, disseram estrategistas do Goldman Sachs.
Na mínima do pregão, o dólar caiu 0,80%, a R$ 3,8103. Mesmo com a recuperação da moeda dos EUA, o real ainda figurou entre as moedas de melhor desempenho nesta sessão. A confiança no encaminhamento de reformas locais, com foco atual na da Previdência, tem ajudado a sustentar o câmbio.
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“Fique comprado em real por enquanto”, recomendam estrategistas do Citi, que, mesmo assim, ainda demonstram certo ceticismo com a possibilidade de votação da reforma da Previdência em plenário da Câmara dos Deputados ainda em julho. “Ainda que a Casa aprove a reforma, qualquer força do real terá vida curta, devido à perspectiva de cortes de juros”, finalizaram.
Cortes de juros reduzem o estímulo à compra de renda fixa brasileira, o que pode se traduzir em menor fluxo cambial e, portanto, diminuição da oferta de dólar, o que tende a elevar o preço da moeda.
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