O dólar subia ante o real hoje (5), após dados melhores que o esperado de criação de vagas de trabalho nos Estados Unidos, tendo como pano de fundo alívio na cena interna após aprovação da reforma da Previdência na comissão especial.
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Às 10:35, a moeda norte-americana avançava 0,70%, a R$ 3,8260 na venda. Na quinta-feira (4), a moeda encerrou em queda de 0,71%, a R$ 3,7993 na venda. Neste pregão, o dólar futuro subia por volta de 0,6%.
Os Estados Unidos criaram 224 mil postos de trabalho em junho, segundo dados divulgados nesta manhã, número melhor que o esperado, de 160 mil vagas, segundo pesquisa Reuters.
A criação de vagas é um dos números monitorados de perto pelo Federal Reserve na decisão de política monetária.
A ferramenta FedWatch, do CME Group, mostrava nesta manhã que os juros futuros indicavam que operadores veem 8% de chance de corte de 0,50 ponto percentual nos juros na reunião de julho do Federal Reserve, contra 29% na quarta-feira.
Por outro lado, o ganho salarial, outro ponto de atenção, permaneceu fraco, o que, somado a evidências crescentes de desaceleração na economia, ainda pode encorajar um corte de juros pelo Fed.
De acordo com o gerente de câmbio da Tullett Prebon, Italo Abucater, a mudança de posição e apostas de alguns participantes importantes do mercado quanto à proximidade de um corte de juros nos EUA pressionava emergentes neste pregão, inclusive o real.
No entanto, a divisa brasileira ainda mantinha desempenho melhor do que alguns pares, como o rand sul-africano, em razão do rali dos últimos dias.
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“Nossa moeda aqui ainda tem uma certa neutralização, talvez devesse corrigir mais pelo que valorizou dos últimos dias pelo otimismo ligado à reforma”, disse Abucater.
No panorama doméstico, o dia deve ser de noticiário tranquilo após a importante aprovação da reforma da Previdência na comissão especial na Câmara na quinta-feira.
Já era madrugada quando o colegiado concluiu a votação do parecer do relator, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), aprovando o texto principal e derrubando a maioria dos destaques.
A proposta agora seguirá ao plenário da Câmara, onde será alvo de novos debates e polêmicas. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), anunciou que a reforma começará a ser analisada pelo plenário na próxima terça-feira (9).
Ainda que a PEC tenha concluído uma parte importante de sua tramitação com a aprovação na comissão especial, a proposta não deve ter vida fácil no plenário e isso mantém agentes financeiros em cautela.
“Investidores locais e externos sabem muito bem que surpresas negativas podem surgir no meio do caminho, em específico quando falamos de reforma da Previdência”, ponderou a corretora H.Commcor, em nota.
Em função desta cautela ligada à Previdência e também em antecipação a um feriado estadual em São Paulo, na terça-feira, o que deve refletir em baixa liquidez também na segunda-feira, investidores evitam adotar posições de risco.
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