A varejista de moda Lojas Renner anunciou hoje (30) uma queda de dois dígitos no lucro líquido do segundo trimestre, refletindo maior alíquota de imposto de renda e provisões para participação nos lucros, além de efeitos cambiais que pressionaram as margens.
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Com base na norma contábil internacional IFRS 16, a companhia teve lucro líquido de R$ 235 milhões entre abril e junho, queda de 14,4% na comparação anual. O desempenho operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) total ajustado subiu 1,8% ano a ano, para R$ 441,9 milhões.
“Este trimestre foi de mais lento crescimento operacional, mas os terceiro e quarto trimestres devem mostrar um cenário mais positivo”, disse o vice-presidente financeiro da Lojas Renner, Laurence Gomes, à Reuters.
O executivo comentou que os estoques da rede estão em nível saudável apesar de o inverno ter vindo mais tarde que o costume no país neste ano, e a companhia não terá que recorrer a descontos em preços nos próximos meses, o que deve beneficiar as margens.
A liberação de saques no FGTS anunciada pelo governo federal na semana passada também pode favorecer a Lojas Renner, disse Gomes. “Qualquer medida de estímulo melhora a confiança, mas o que realmente vai impulsionar a recuperação da economia é a continuidade das reformas econômicas”, disse o executivo.
A receita líquida da rede de varejo no segundo trimestre subiu 13,4%, para R$ 2,019 bilhões, e as despesas operacionais cresceram 1,2%, para R$ 683,8 milhões. As vendas das lojas tiveram alta de 9,2% ante expansões de 12,7% no primeiro trimestre e de 2,5% no segundo trimestre do ano passado.