Resumo:
- Produtores locais de derivados do xisto nos Estados Unidos estão enfrentando tempos de crise na indústria;
- Problemas financeiros vêm não só do desinteresse de investidores, mas também de dívidas acumuladas desde 2016.
Os investidores norte-americanos têm se mostrado cada vez menos interessados na indústria de petróleo e gás natural do país. Muitos deles escolheram abandonar os pequenos produtores de derivados do xisto, que agora lutam para se manter de pé.
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As companhias menores de petróleo e gás natural formam uma parcela considerável da economia dos Estados Unidos, e sua desvalorização pode afetar a indústria de petróleo nacionalmente. O grande problema são as dívidas que essas companhias vêm acumulando desde 2016, quando o preço do barril caiu para menos de US$ 30. Quase três anos se passaram, e essas empresas não conseguiram sanar os débitos do período turbulento. Agora, o mercado está em queda novamente: o preço do barril está levemente abaixo da marca dos US$ 60 e pode ser tarde demais para algumas companhias tomarem as devidas providências.
“As dívidas de muitas empresas estão vencendo ou aumentando, criando o que eu chamo de ‘fileira da morte’, com esses prazos e preços aumentando ano após anos,” disse Paul Harvey, analista de crédito do índice de mercado S&P, ao “The Wall Street Journal” em entrevista publicada hoje (30).
No ano passado, 28 firmas norte-americanas de petróleo e gás natural declararam falência. Em agosto de 2019, o número já chega a 26. Ainda não se compara às 70 companhias que fecharam suas portas em 2016, mais o valor é é alto o suficiente para apontar para uma crise na indústria.
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