O Parlamento britânico rejeitou o pedido do primeiro-ministro, Boris Johnson, para a realização de uma eleição parlamentar nacional. Para convocar uma eleição, o governo precisava de 434 votos — dois terços dos 650 parlamentares da câmara baixa. Já na madrugada de hoje (horário local), apenas 293 apoiaram a proposta do governo. Após os parlamentares rejeitaram pela segunda vez sua tentativa de realizar uma eleição antecipada, Johnson prometeu garantir um acordo de divórcio com a União Europeia em uma cúpula crucial em outubro.
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Johnson queria realizar uma eleição em meados de outubro, antes da cúpula da União Europeia em 17 de outubro e antes da data prevista para o país deixar o bloco, 31 de outubro. “Este governo continuará negociando um acordo, enquanto se prepara para sair sem um”, disse Johnson ao Parlamento. “Eu irei a essa cúpula crucial em 17 de outubro e não importa quantos dispositivos este Parlamento invente para amarrar minhas mãos, eu me esforçarei para conseguir um acordo no interesse nacional. “Este governo não adiará mais o Brexit.”
Única opção
Antes da votação, Johnson disse que uma eleição seria a única maneira de romper o impasse em relação ao Brexit. “Senhor presidente da Câmara, estou reapresentando uma moção para uma eleição geral antecipada, eu não a quero, esperava que esta medida não fosse necessária”, disse. “Mesmo assim, aceito a realidade de que uma eleição é a única maneira de romper o impasse na Câmara (dos Comuns) e servir ao interesse nacional ao conceder a quem quer que seja o primeiro-ministro o mais forte mandato possível para negociar pelo nosso país no conselho europeu do mês que vem.”
Mas o líder do Partido Trabalhista, de oposição, Jeremy Corbyn, disse que o partido não votará a favor de uma eleição até que a possibilidade de um Brexit sem acordo ao fim de outubro seja descartada.
“Até que… o Brexit sem acordo seja descartado… não votaremos para apoiar a dissolução desta Casa e por uma eleição geral”, disse Corbyn ao Parlamento. “Estamos ansiosos por uma eleição. Mas, por mais que estejamos, não estamos preparados para arriscar infligir o desastre de um não-acordo a nossas comunidades.”
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