O presidente da Securities and Exchange Commission (SEC) se recusou repetidamente a dizer a uma comissão do Congresso dos Estados Unidos se a moeda digital Libra, do Facebook, pode ser regulada como um ativo. Participando da Comissão de Serviços Financeiros junto com outros diretores da SEC, o presidente do órgão fiscalizador dos mercados de capitais dos EUA, Jay Clayton, disse que apesar de ainda não ter discutido com o Facebook o plano para a moeda digital, ele mantém uma política de “portas abertas”.
Questionado diretamente se ele acredita que a Libra pode ser considerada como um ativo financeiro, ele afirmou que “não está preparado para tomar uma decisão como esta”.
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A suíça Associação Libra, organização formada pelo Facebook e outros 27 membros, anunciou em junho que planejava lançar a Libra, uma moeda digital lastrada numa cesta de moedas, em 2020.
Os comentários de Clayton ocorrem no momento em que a Libra enfrenta crescente pressão global de reguladores financeiros. França e Alemanha afirmaram que vão bloquear o funcionamento da Libra na Europa e que vão apoiar o desenvolvimento de uma criptomoeda pública. A SEC pode desempenhar um papel importante na regulação da Libra e alertou antes que a emissão de moedas semelhantes precisa ser regulada.
O Facebook afirma que a Libra tem como objetivo tornar mais simples e mais barato pagamentos online, especialmente entre diferentes países. “Criptomoedas, apesar de terem benefícios, podem representar um grande risco, particularmente em casos onde, na forma, elas são o mesmo que ativos financeiros ou moedas, ou sistemas de pagamento, e não reguladas da mesma forma”, afirmou Clayton.
A audiência desta terça-feira marcou a primeira vez desde 2007 que uma comissão do Congresso dos EUA ouviu todos os diretores da SEC e seu presidente.
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