Resumo:
- O banco norte-americano JPMorgan Chase disse que contratou só no ano passado 2.100 pessoas com antecedentes criminais;
- A iniciativa segue a tendência de outras grandes companhias;
- As contratações realizadas pelo banco em 2010 equivalem a cerca de 10% de toda a nova força de trabalho da empresa.
O JPMorgan Chase anunciou uma expansão de seus esforços para contratar pessoas com antecedentes criminais hoje (21), continuando a tendência das grandes empresas de dar às pessoas uma segunda chance.
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O JPMorgan Chase contratou 2.100 pessoas com antecedentes criminais em 2018, o que equivale a cerca de 10% do total de contratações no último ano.
O banco sabe que essas pessoas têm fichas na polícia, porque realizam verificações de antecedentes dos candidatos após a realização de uma oferta de emprego.
Os candidatos com antecedentes criminais estão sendo considerados para trabalhos iniciantes, como atendimento de contas e processamento de transações, de acordo com o comunicado de imprensa do banco.
A taxa de desemprego para pessoas anteriormente encarceradas é de 27%, enquanto a taxa de desemprego em todo o país é de 3,5%, segundo a entidade.
Mas o mercado de trabalho restrito poderia ser mais benéfico para pessoas com antecedentes criminais. Uma pesquisa realizada em julho pela empresa Adecco mostrou que 35% dos entrevistados considerariam esses candidatos e 21% dos entrevistados não os testam mais para drogas.
Koch Industries, Starbucks, McDonald’s, Target e Home Depot estão entre outras empresas que aumentaram os esforços de contratação dos ex-presos desde pelo menos 2013.
Os EUA perdem até US$ 87 bilhões anualmente, excluindo pessoas com antecedentes criminais da força de trabalho, disse o banco.
A expressão “banning the box” refere-se à remoção de perguntas sobre antecedentes criminais de pedidos de emprego, um movimento que vem crescendo nas últimas duas décadas. Segundo o Pew Research Center, negros e hispânicos compõem 56% da população encarcerada, levando especialistas a acreditar que os grupos são discriminados injustamente nas contratações.
A legislação “banning the box” começou a ser aprovada no início dos anos 2000, com leis em vigor em 35 estados e mais de 150 cidades e condados a partir de julho, de acordo com o Projeto Nacional de Direito do Trabalho. E a Lei do Primeiro Passo de 2018 significa que milhares de pessoas podem ser libertadas da prisão mais cedo, além dos 700 mil já liberados anualmente, sinalizando uma mudança de atitude política em relação a esses trabalhadores, de acordo com a FastCompany.
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