A startup norte-americana de computação quântica IonQ disse hoje (22) que captou US$ 55 milhões em uma rodada de financiamento liderada por fundos de risco apoiados pela Samsung e pelo governo dos Emirados Árabes Unidos.
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Com os investimentos do Samsung Catalyst Fund e do Mubadala Capital, a IonQ disse que o total de recursos captados até hoje chegou a US$ 77 milhões.
Os pesquisadores acreditam que os computadores quânticos podem operar milhões de vezes mais rápido que os supercomputadores avançados de hoje, possibilitando tarefas desde o mapeamento de estruturas moleculares complexas e reações químicas até o aumento do poder da inteligência artificial.
Google, IBM e Microsoft fizeram investimentos ou lançaram projetos de pesquisa em torno da computação quântica.
A IonQ já possui 4 computadores quânticos, cada um do tamanho de quatro geladeiras. Eles estão em operação na sede da empresa, em Maryland, e a companhia aluga tempo neles para acadêmicos e empresas.
Ao contrário de alguns de seus concorrentes que precisam manter a temperatura em torno do computador quântico no zero absoluto, os computadores da IonQ operam em temperatura ambiente, disse o presidente-executivo, Peter Chapman.
Chapman disse que a maioria dos componentes das máquinas quânticas da IonQ está disponível normalmente, o que ajuda a manter o custo baixo.
“Gosto de brincar que a Amazon entrega para a gente a maior parte dos componentes que precisamos”, disse o executivo.
A única parte personalizada da máquina da IonQ é um chip especial fabricado por um fornecedor externo. Chapman se recusou a nomear o fornecedor, mas disse que o componente é feito com a tecnologia de fabricação de chips comuns.
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Francis Ho, copresidente do fundo Samsung Catalyst, afirmou que o grupo sul-coreano, que já é um grande fabricante de chips, investiu na startup porque espera um dia fornecer componentes para computadores quânticos. Mas Ho afirmou que a Samsung poderá ser também um grande cliente da empresa.
Ao redor do mundo, governos estão preocupados com a possibilidade da computação quântica ser usada para quebrar a atual tecnologia de criptografia.
Chapman disse que embora a empresa ainda não tenha uma receita substancial, existem clientes e países com os quais evitará fazer negócios, incluindo a China.
A computação quântica “é questão de Estado. Na verdade, são os EUA contra outros países que estão tentando ultrapassar os EUA e seu domínio técnico”, disse Chapman.
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