Resumo:
- Dois ex-funcionários do Twitter e um homem da Arábia Saudita estão sendo acusados de espionagem pelo governo norte-americano;
- Um deles foi oficialmente acusado de vazar informações de mais de 6 mil usuários da rede social;
- Twitter afirma que limita o acesso de seus funcionários a informações particulares e sensíveis.
O engenheiro Ali Alzabarah e o gerente de mídia Ahmad Abouammo foram acusados pelo Departamento de Justiça dos EUA ontem (6) de serem espiões da Arábia Saudita infiltrados no Twitter. Além deles, Ahmed Almutairi foi apontado como o intermediário entre o governo árabe e os possíveis espiões.
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As acusações oficiais feitas na Corte federal de São Francisco são de que Alzabarah, da Arábia Saudita, e Abouammo, que é cidadão norte-americano, usaram seus acessos a informações privadas para coletar dados de possíveis dissidentes do governo árabe. Em troca, Almutairi teria oferecido milhares de dólares e até mesmo um relógio de luxo.
Abouammo foi preso em Seattle, e as autoridades dizem acreditar que os outros dois acusados estejam na Arábia Saudita. O Departamento de Justiça têm um mandado de prisão para a dupla. Além de espionagem, o gerente de mídia também está sob acusações de obstruir as investigações do FBI por fornecer informações falsas aos agentes.
Alzabarah teria vazado ao governo árabe informações privadas de mais de 6 mil usuários do Twitter. Essas informações incluem endereços de email, números de telefone e um relatório completo das atividades dessas pessoas na rede social.
Em resposta, o Twitter disse em uma declaração que limita o acesso de seus funcionários a informações particulares e sensíveis, e apenas um grupo seleto de pessoas treinadas tem esses privilégios.
“Entendemos os grandes riscos enfrentados por aqueles que escolhem o Twitter para compartilhar sua visão de mundo. Temos ferramentas que protegem sua privacidade. Estamos comprometidos a proteger aqueles que usam nosso serviço para promover igualdade, liberdade individual e direitos humanos.”
Segundo as acusações oficiais, os atos de espionagem ocorreram em 2015, ano em que os funcionários deixaram a empresa, mas em momentos diferentes: um em dezembro e o outro em maio. Ambos foram contratados pelo Twitter em 2013.
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