O dólar passava a operar em queda contra o real hoje (18), depois de bater os R$ 4,20 na sessão anterior, num início de semana marcado pela expectativa de um acordo comercial entre Estados Unidos e China e com uma votação do STF sobre decisão envolvendo o antigo Coaf no radar dos investidores.
Às 10:32, a moeda norte-americana recuava 0,18%, a R$ 4,1860 na venda. Na última sessão, o dólar fechou em alta de 0,16%, a R$ 4,1934 na venda, mas na máxima a cotação no mercado spot foi a R$ 4,2000 na venda. O dólar futuro registrava queda de 0,54% nesta segunda-feira, a R$ 4,1770.
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O otimismo renovado em relação às negociações comerciais entre Estados Unidos e China marcava esta sessão, após a agência estatal chinesa Xinhua informar que os dois lados mantiveram “negociações construtivas” sobre comércio em um telefonema de alto nível no sábado (16).
Segundo a agência, o vice-premiê da China, Liu He, o representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, e o secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, participaram do telefonema. Os dois lados discutiram as questões centrais para a elaboração da primeira fase de um acordo comercial e concordaram em manter uma comunicação próxima, disse a Xinhua.
“Há um ambiente mais favorável hoje”, disse Ricardo Gomes da Silva, da Correparti Corretora. “O investidor foi para o risco em cima dessa possibilidade (de acordo EUA-China), reverberando movimento de sexta-feira (15).”
Na sexta-feira (15), feriado no Brasil, as bolsas dos Estados Unidos e da Europa fecharam em alta, impulsionadas pelas notícias de progresso na frente comercial EUA-China.
Algumas moedas emergentes, como o peso chileno – que se recuperava de mínimas históricas tocadas na semana passada – e a lira turca, registravam altas contra o dólar, mas o peso mexicano e o rand sul-africano recuavam em relação à moeda norte-americana.
No cenário doméstico, segundo Gomes da Silva, estava no radar dos investidores o julgamento do plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre uma decisão que determinou o envio à corte de relatórios elaborados pelo antigo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), atual Unidade de Inteligência Financeira do Banco Central.
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O presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, havia determinado que o BC enviasse à corte todos os Relatórios de Inteligência Financeira (RIF) e das Representações Fiscais para Fins Penais (RFFP) realizados nos últimos três anos, medida que pode colocar em risco informações privadas de mais de 600 mil pessoas.
“Como é polêmico, não há previsão de encerramento do tema no STF”, comentou Gomes da Silva. “(A decisão de Toffoli) piorou o ambiente, mas no mercado vamos ter que esperar para ver como isso vai reverberar.”
O Banco Central vendeu nesta segunda-feira 4 mil contratos de swap cambial reverso e US$ 200 milhões em moeda spot, de oferta de 12 mil e US$ 600 milhões, respectivamente.
Adicionalmente, a autarquia também ofertará contratos de swap tradicional, para rolagem do vencimento janeiro de 2020.
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