Por 35 anos, a Forbes acompanha os altos e baixos das maiores companhias privadas dos Estados Unidos. Quase todas essas empresas evitaram deliberadamente os mercados públicos, preferindo operar como acharam conveniente, não sujeitas ao escrutínio e às pressões das bolsas. De fato, oito das dez primeiras estavam na nossa lista inicial em 1985, e a idade média das empresas é de 75 anos.
Todavia, embora essas companhias possam preferir se afastar dos holofotes, elas controlam muitas das marcas mais conhecidas dos Estados Unidos, como M&Ms, Windex, Publix, Wegmans e Perdue Chicken. Também estão no ranking a Bloomberg LP, gigante de serviços financeiros e mídia fundada pelo candidato presidencial Mike Bloomberg, e a recém-chegada Airbnb, única unicórnio da lista, embora possa não permanecer muito tempo no ranking, pois planeja se tornar pública em breve.
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Essas empresas também têm um enorme peso econômico, visto que empregam 4,7 milhões de pessoas em todo o mundo e geram uma receita combinada de US$ 1,7 trilhão. Isso representa um aumento de US$ 1,65 trilhão com relação ao ano passado, apesar de 228 organizações, uma a menos que em 2018, fazerem parte da lista, o que exige uma receita mínima de US$ 2 bilhões.
Pelo 12º ano consecutivo, a Cargill é a maior empresa privada da América, apesar de uma leve queda de US$ 1,2 bilhão em receitas, para US$ 113,5 bilhões no ano fiscal de 2019. O agronegócio com sede em Minneapolis perdeu a posição número um duas vezes nos 35 anos que a Forbes publicou esta lista.
Embora tenham havido poucas mudanças, especialmente no topo, 14 empresas que não fizeram parte do ranking de 2018, integram o de 2019 (que tem quase 230 organizações ao todo) e isso inclui oito que retornaram após um ano ou mais de ausência. Liderando esse grupo está a Smart & Final, uma cadeia de lojas de alimentos e suprimentos no estilo de mercado, da Califórnia, classificada na posição 24ª. A organização ingressou na lista em 2007, quando foi adquirida pela Apollo Global Management, que a vendeu para a Ares Management em 2012. A Smart & Final tornou-se pública em setembro de 2014 e depois privada novamente, após ser adquirida pela Apollo em junho.
Há também seis estreantes, incluindo a Hearthside Food Solutions (160ª), uma fabricante contratada de alimentos que produz de tudo, desde biscoitos e bolachas a barras de proteínas e granola para outras marcas da indústria alimentícia. A empresa conquistou seu lugar através de uma série de aquisições, incluindo a fabricante de alimentos congelados e refrigerados Greencore USA, comprada em outubro de 2018.
Quinze empresas saíram do ranking, por conta de ofertas públicas, aquisições ou queda de receita. Entre as partidas deste ano, estava a icônica empresa de jeans Levi Strauss, que abriu seu capital em março. Ela esteve no ranking de empresas privadas da Forbes nos 34 anos anteriores e estreou na 14ª posição da lista inaugural de 1985. Outra empresa a cair devido a uma oferta pública foi a Uber, a única unicórnio das classificações do ano passado, localizada no número 50. Além disso, a Lansing Trade Group, uma empresa de commodities sediada no Kansas, foi adquirida pela The Andersons, de capital aberto, em janeiro de 2019.
Além de precisarem de uma receita mínima de US$ 2 bilhões, as empresas da nossa lista apresentam poucos acionistas a serem obrigados a registrar demonstrações financeiras na Comissão de Títulos e Câmbio dos Estados Unidos ou têm ações cuja propriedade é restrita a algum grupo, como funcionários ou membros da família. Excluímos empresas estrangeiras, que não pagam imposto de renda (como a Mohegan Tribal Gaming Authority), de propriedade mútua (como a State Farm Insurance), cooperativas (como a Central Grocers), com menos de 100 funcionários e mais de 50% de propriedade sobre outra empresa pública, privada ou estrangeira. Também deixamos de fora organizações cujo negócio principal é concessionárias de automóveis ou investimento e/ou administração de imóveis. Sempre que possível, os valores de receita para cada empresa excluem vendas de subsidiárias de capital aberto. Nossas fontes de dados incluem divulgações voluntárias das companhias, registros da Securities and Exchange Commission (empresas privadas com dívida pública devem registrar demonstrações financeiras na agência federal) e estimativas de pesquisadores da Forbes e de fontes externas.
Veja, na lista a seguir, as 25 maiores empresas privadas dos Estados Unidos:
1. Cargill
Segmento: alimentos, bebidas e tabaco
Receita: US$ 113.5 bi
2. Koch Industries
Segmento: companhia de conglomerados
Receita: US$110 bi
3. Albertsons
Segmento: supermercados
Receita: US$ 60.5 bi
4. Deloitte
Segmento: serviços e suprimentos para empresas
Receita: US$ 46.2 bi
5. PricewaterhouseCoopers
Segmento: serviços e suprimentos para empresas
Receita: US$ 42.4 bilhões
6. Mars
Segmento: alimentos, bebidas e tabaco
Receita: US$ 37 bilhões
7. Ernst & Young
Segmento: serviços e suprimentos para empresas
Receita: US$ 36.4 bilhões
8. Publix Super Markets
Segmento: supermercados
Receita: US$ 36.1 bilhões
9. Reyes Holdings
Segmento: alimentos, bebidas e tabaco
Receita: US$ 30 bilhões
10. Pilot Flying J
Segmento: lojas de conveniência e postos de gasolina
Receita: US$ 29 bilhões
11. H-E-B
Segmento: supermercados
Receita: US$ 28 bilhões
12. C&S Wholesale Grocers
Segmento: alimentos, bebidas e tabaco
Receita: US$ 27 bilhões
13. Enterprise Holdings
Segmento: serviços
Receita: US$ 25.9 bilhões
14. Bechtel
Segmento: construção
Receita: US$ 25.5 bilhões
15. Cox Enterprises
Segmento: mídia
Receita: US$ 21 bilhões
16. Fidelity Investments
Segmento: finanças diversificadas
Receita: US$ 20.4 bilhões
17. Love’s Travel Stops & Country Stores
Segmento: lojas de conveniência e postos de gasolina
Receita: US$ 20 bilhões
18. Southern Glazer’s Wine & Spirits
Segmento: alimentos, bebidas e tabaco
Receita: US$ 19 bilhões
19. Meijer
Segmento: supermercados
Receita: US$ 17.8 bilhões
20. JM Family Enterprises
Segmento: bens de consumo duráveis
Receita: US$ 16.3 bilhões
21. Gordon Food Service
Segmento: alimentos, bebidas e tabaco
Receita: US$ 14.6 bilhões
22. Staples
Segmento: varejo
Receita: US$ 14 bilhões
23. Allegis Group
Segmento: serviços e suprimentos para empresas
Receita: US$ 13.4 bilhões
24. Smart & Final
Segmento: supermercados
Receita: US$ 12.2 bilhões
25. Wawa
Segmento: lojas de conveniência e postos de gasolina
Receita: US$ 12.1 bilhões
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