O dólar fechou em queda de pouco mais de 1% hoje (6), na casa de R$ 4,14, na mais intensa desvalorização em seis semanas, numa sessão positiva para ativos brasileiros em geral e com pano de fundo benigno no exterior.
“As tensões na América Latina arrefeceram, houve intervenções cambiais pelos bancos centrais chileno e brasileiro. Os dados de atividade no Brasil surpreenderam para melhor… E no exterior as preocupações comerciais amenizaram. Toda essa combinação ajudou o real nesta semana”, disse Rogério Braga, responsável pela gestão de renda fixa e multimercados da Quantitas, citando um movimento de “compra de Brasil” nesta sexta especialmente.
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O mercado de ações brasileiro bateu novos recordes históricos nesta sexta-feira, e os juros futuros devolveram parte do prêmio de risco acumulado recentemente.
O real liderou os ganhos entre 33 pares do dólar nesta sessão, mas era seguido de perto por pares latino-americanos – os pesos colombiano, chileno e mexicano -, em mais uma evidência de que investidores voltaram a comprar ativos da região depois da liquidação das últimas semanas.
No fechamento do mercado interbancário, às 17h, o dólar recuou 1,02%, a R$ 4,1455 na venda. É a maior baixa percentual diária desde 23 de outubro (-1,05%). O patamar de encerramento é o menor desde 11 de novembro (R$ 4,1428 na venda).
Na mínima da sessão, o dólar foi a R$ 4,1398 na venda, 2,8% abaixo da máxima recorde de fechamento – de R$ 4,2586 na venda, alcançada em 27 de novembro. Na semana, o dólar acumulou depreciação de 2,24%, mais do que apagando a alta de 1,14% da semana anterior. A queda na semana é a mais forte desde a semana finda em 25 de outubro (-2,67%).
Na B3, o contrato de dólar futuro de maior liquidez registrava baixa de 1,11%, a R$ 4,1435.
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Analistas avaliaram que o mercado local de câmbio reagiu também ao bom humor externo, após dados positivos nos Estados Unidos e notícias sobre negociações comerciais entre EUA e China endossarem otimismo quanto ao cenário para a economia mundial.
Medida da incerteza para a taxa de câmbio, a volatilidade implícita das opções de dólar/real de três meses caiu a 10,625% ao ano, mínima desde o fim de julho, quando o dólar estava em torno de R$ 3,80.
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