O dólar fechou no menor patamar em mais de um mês frente ao real hoje (11), descendo à casa dos R$ 4,12, em meio ao fraco desempenho da moeda no exterior após o banco central dos Estados Unidos enfraquecer perspectivas de alta de juros por lá.
O mercado operou ainda na expectativa pela decisão de política monetária no Brasil. O dólar à vista caiu 0,70%, a R$ 4,1195 na venda. A cotação acelerou a queda enquanto o chairman do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Jerome Powell, fazia declarações em coletiva de imprensa.
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A divisa terminou no menor patamar para um encerramento desde 7 de novembro (R$ 4,0935 na venda). Na B3, em que os negócios vão até as 18h15, o dólar futuro de maior liquidez tinha baixa de 0,71%, a R$ 4,1205.
No exterior, o índice do dólar, que mede o valor da moeda contra uma cesta de seis rivais, caiu ao menor nível em quatro meses, depois de o chairman do Fed, Jerome Powell, ter dito que seria preciso uma inflação significativa e persistente para juros mais altos.
Taxas mais elevadas nos EUA na comparação a seus pares têm beneficiado o dólar há pelo menos dois anos, uma vez que mantêm o país mais atrativo para investimentos e fluxos em relação a Europa e Japão.
No Brasil, o mercado projeta corte de 0,50 ponto percentual da Selic nesta quarta-feira, mas as atenções estarão voltadas para a sinalização do Banco Central sobre os passos da política monetária em 2020.
A forte queda na taxa básica de juros brasileira desde o fim de 2016 tem sido um importante fator para a depreciação recente do real, uma vez que diminui a “vantagem” da moeda brasileira como ativo de investimento ante outras divisas emergentes.
Em outubro de 2016, quando a Selic estava em 14,25% ao ano, o BC começou um ciclo de cortes que, intercalado com pausas, trouxe o juro básico à mínima histórica de 5,00% em outubro de 2019. No período, o real acumula depreciação de mais de 20%, saindo de 3,25 por dólar para os atuais patamares em torno de 4,12 por dólar.
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“O real deve se fortalecer caso o Copom feche a porta para cortes de juros”, disse o Citi em nota a clientes. “O real já tem se beneficiado da intervenção cambial e de dados econômicos mais fortes, e um banco central ‘hawkish’ ofereceria mais apoio”, acrescentaram os profissionais.
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