Resumo:
- Reconhecido pelos canais de televisão a cabo, a estratégia do Telecine é atingir o novo público com seu serviço de streaming;
- O espaço do canal na feira de cultura pop contou com ações envolvendo diferentes gêneros de filmes;
- Diferente da Amazon e da Netflix, o objetivo é focar nos filmes, não séries e documentários.
O estande do Telecine era um dos 15 de estúdios e plataformas de streaming presentes na CCXP, feira de cultura pop que terminou no domingo (8). Parceiro do Omelete Group, organizador do evento, desde 2016, foi a primeira vez que o canal teve um espaço físico para mostrar suas novidades.
“Isso é parte de uma estratégia ampla de popularizar a marcar e levar nosso serviço para públicos maiores, diferente dos que assinam canais de televisão a cabo”, explica Eldes Mattiuzo, CEO do Telecine. O executivo afirma também que a ideia é mostrar ao público o serviço de streaming por assinatura, com duas opções de pacote de preços e benefícios diferentes.
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Visando o futuro, Mattiuzo acredita que o público brasileiro vai assinar cada vez mais plataformas diferentes. Ele confia que “o Telecine tem todas as condições, a marca e a história para ser um dos principais streamings do Brasil”, graças ao foco do serviço apenas em filmes (não em séries e documentários), o que os “posiciona fortemente no território nacional”, reforça. Para o CEO, outro diferencial da empresa é a parceria com estúdios de Hollywood. “Pelo nosso sistema, os filmes saem do cinema, ficam disponíveis para aluguel online e depois chegam primeiro pra gente. Isso nenhum dos grandes serviços têm ainda”, enfatiza.
Para o CEO, o que vivemos não é uma “guerra do streaming”, mas sim uma corrida, em que quem tiver mais vantagens vai liderar.
“De forma alguma queremos competir com os provedores de televisão a cabo e internet. Pelo contrário, eles são grandes parceiros de distribuição”, reforça Mattiuzo. Ele vê nesses serviços uma oportunidade também para proliferar sua distribuição e aumentar o acesso dos consumidores. “Em vez de vender um plano de banda larga que custe R$ 100 por mês, é possível que eles vendam um já com assinaturas da Netflix, Amazon, Telecine, HBO por R$ 150. Esse é o grande futuro desses meios de consumo”.
O líder do canal e streaming de cinema também vê essa parceria chegando aos provedores de televisão a cabo. “Com eles [provedores], temos uma capacidade de distribuição muito grande. Não precisamos investir tanto dinheiro na captação de clientes. Assim, os dois lados se ajudam e ganham dinheiro”, justifica Mattiuzo.
Os dispositivos de tecnologia e a personalização de conteúdo também são peças-chave para o futuro de streamings. “Cada um tem um gosto diferente. O que se assiste sozinho é diferente do que vê com a família também. Quem usar mais e melhor os dados e informações, por meio de inteligência artificial, e acertar a sugestão de filme terá as melhores recomendações para seu usuário”, comenta Mattiuzo sobre um dos principais desafios dos streamings atuais.
Com a crescente dos dispositivos inteligentes que respondem a comandos de voz, há outra oportunidade para oferecer o melhor para os clientes. “Ainda não é possível pedir aos aparelhos ‘me mostre um filme de ação em um trem’. Estamos limitados a perguntar qual a sugestão do dia ou pedir um título diretamente. Teremos que responder por qualquer aparelho. Da Alexa, o Google Home, uma Smart TV, o que for”, aponta o CEO do Telecine.
Para 2020, a previsão de Mattiuzo é que o Brasil siga a tendência mundial e tenha mais assinantes de serviços de streaming do que canais de televisão a cabo, mas reforça: “Há um público muito grande que gosta de assistir canais lineares, que não querem ficar procurando. O streaming vem pra atrair um novo publico, nao tirar o atual”.
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