O bilionário Lawrence Stroll ajudou a montadora de luxo britânica Aston Martin em um plano para arrecadar fundos de emergência no valor de US$ 655 milhões (£ 500 milhões).
Mais conhecido como o cérebro por trás do imenso sucesso de abertura de capital da Michael Kors em 2011, Stroll é líder de um consórcio que investirá US$ 238 milhões na montadora em dificuldades. O restante dos US$ 655 milhões será fornecido pelos investidores já existentes. O acordo significa que a equipe de Fórmula 1 Racing Point, de Stroll, lançada em 2018, será renomeada como Aston Martin a partir de 2021 como parte da negociação.
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O consórcio Stroll pagará US$ 238 milhões por 16,7% da Aston Martin ao preço de £ 4 por ação. A participação do bilionário canadense poderia subir para 20% se o plano de resgate fosse bem-sucedido, mas, no momento da publicação, aumentou para 21%.
Em comunicado aos acionistas, Stroll descreveu a mudança como um “investimento significativo a longo prazo” e descreveu a empresa como sendo quem “fabrica os carros de luxo mais emblemáticos do mundo, projetados e construídos por pessoas muito talentosas”.
O consórcio Stroll também inclui o bilionário britânico Lord Bamford, mais conhecido pelas escavadoras da JCB e seu apoio ao Brexit.
Dificuldades
A Aston Martin tem enfrentado problemas desde que ses tornou pública, em outubro de 2018.
Ao “Financial Times”, o presidente-executivo Andy Palmer descreveu o movimento de negociação das ações da empresa na Bolsa de Londres como um “momento monumental”. Embora a montadora de luxo tenha falido sete vezes, estava otimista por uma avaliação de mais de US$ 6,5 bilhões.
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No entanto, do IPO até agora, os papéis caíram de 1700 pontos por ação para 497 pontos, já que a montadora reportou vendas fracas, um programa de corte de custos e um plano que liga o futuro da empresa à quebra do mercado de SUVs de luxo com seu novo modelo DBX.
Penny Hughes, presidente da Aston Martin Lagonda, disse que Stroll, que a substituirá no conselho da montadora, representava uma forte parceria e “apoiaria a recuperação dos negócios”, admitindo que a empresa ficou “sem alternativa” e teve que buscar um financiamento substancial.
Andy Palmer, presidente e CEO da Aston Martin, descreveu o desempenho recente como “lamentavelmente decepcionante” e “um momento desafiador para a empresa”. Ele acrescentou que, “apesar de nossos esforços contínuos, as difíceis condições comerciais e o baixo desempenho de 2019 colocaram a empresa em uma posição difícil, com forte pressão sobre a liquidez, que afetou nossa capacidade de cumprir com o plano original”.
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Os carros Aston Martin são, talvez, mais conhecidos por serem os veículos escolhidos pelo espião do cinema James Bond. A empresa confirmou recentemente no Twitter que quatro Aston Martins serão apresentados no 25º filme de Bond, “No Time To Die”, que estreia este ano. “Do clássico DB5 e V8 Vantage para o novo DBS Superleggera e Aston Martin Valhalla, há carros para todos os fãs de Bond”.
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