Todos os anos, desde 1913, um sábado de janeiro reúne as figuras mais importantes da América na política e nos negócios em um jantar realizado em Washington D.C.. Durante o encontro, mais de 200 membros do exclusivo Alfalfa Club comem, bebem e cozinham, ao mesmo tempo em que colocam em dia suas opiniões sobre os últimos acontecimentos.
Este ano, Jeff Bezos – fundador da Amazon e o homem mais rico do mundo – sediou a after party no último sábado (25), em sua mansão em Kalorama, um sofisticado bairro da capital do país. Entre os integrantes do Alfalfa Club que supostamente compareceram ao evento estavam os bilionários Bill Gates, da Microsoft, e David Rubenstein, do Carlyle Group, líderes políticos como o senador republicano Mitt Romney, o ex-secretário de Defesa James Mattis, e a sócia do Goldman Sachs e ex-consultora da administração de Donald Trump Dina Powell.
A recepção oferecida por Bezos também contou com convidados não pertencentes ao exclusivo clube, como Jared Kushner e Ivanka Trump, a assessora da Casa Branca Kellyanne Conway, o fundador do jornal “Politico” Robert Albritton e o ator Ben Stiller.
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Mas o que realmente é o Alfalfa Club? O clube social somente para convidados existe com o único objetivo de organizar esse encontro. O nome é aparentemente derivado da planta da alfafa que, segundo uma história pelo jornal de Albritton em 2009, é “conhecida por fazer qualquer coisa por uma bebida”.
A iniciativa – ideia de quatro sulistas – começou pouco antes da Primeira Guerra Mundial para comemorar o aniversário do general Robert E. Lee, que atuou na Guerra de Secessão. O clube só começou a admitir membros negros em 1974. Quando o presidente Barack Obama falou no jantar da edição 2009, teria dito: “Se Lee estivesse conosco esta noite, ele teria 202 a nos. E estaria um pouco confuso”.
Em 1994, o Alfalfa Club começou a convidar mulheres após o desprezo do então presidente Bill Clinton no ano anterior. Na época, reportagens diziam que Clinton atribuiu sua atitude à “carga de trabalho pesada”, mas havia rumores de que ele estava realmente boicotando a política de inclusão de mulheres no seleto grupo. No ano seguinte, o clube admitiu a juíza Sandra Day O’Connor, a editora do “Washington Post” Katharine Graham e a ex-secretária de gabinete Elizabeth Dole como suas primeiras integrantes. O presidente Clinton e Hillary, então primeira-dama que mais tarde viria a ocupar a posição de Secretária de Estado de Obama, voltaram a participar dos encontros.
Donald Trump ainda não compareceu a um jantar do Alfalfa Club, quebrando a tradição. Os presidentes Ronald Reagan, George H.W. Bush, Bill Clinton, George W. Bush e Barack Obama participaram do encontro pelo menos duas vezes durante seus mandatos. Trump estava planejando participar em 2017, seu primeiro ano no cargo, mas cancelou no último minuto.
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