Não há dúvidas de que a inteligência artificial (ou a sigla AI, do inglês “artificial intelligence”) tem papel decisivo em diversas indústrias, e que algoritmos criam a base de qualquer negócio e o DNA de qualquer empresa. Sabedoria convencional, que não é baseada em nenhuma pesquisa, vê o crescimento da AI como algo que provocará mudanças radicais e disruptivas em indústrias já estabelecidas nos próximos dez anos.
Além disso, nunca houve melhor momento para investir em AI do que agora. Investimentos focados na tecnologia cresceram 1800% em apenas seis anos. O motivo desses números é, em parte, o fato de que empresas esperam que a AI permita que elas entrem em novos setores ou que permaneçam competitivas em suas indústrias.
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Estrategistas acreditam que essa não será uma surpresa para CXOs (do inglês Chief Experience Officer ou diretor de experiências) e grandes tomadores de decisão, uma vez que o crescimento da adoção da AI e a proliferação da automação inteligente e intuitiva de algoritmos estimulam a criação de novas indústrias e negócios. No geral, eles criam novas oportunidades para monetização de negócios. No entanto, algumas questões surgem aos CXOs: como essas novas indústrias e negócios serão criados com a AI? Quais as mudanças estratégicas que os líderes podem fazer para monetizar essas oportunidades?
A criação de novas indústrias e segmentos depende de avanços dramáticos em AI, que a levarão do descobrimento à aplicação comercial a uma nova indústria. Novos segmentos que giram em torno de AI estão sendo desenvolvidos, mas estão longe de concluídos. Um olhar superficial da nova era de negócios inclui micro-segmentos, compras online hiper-personalizadas, companhias de carona movidas a GPS, canais de streaming baseados em recomendações, companhias de EdTech (educação e tecnologia) com aprendizado adaptável e trabalhos novos e controversos de AI. Mesmo assim, muito mais pode ser feito na área.
A adoção da AI traz à tona a tentativa de adaptação a algoritmos e como eles afetam o comportamento do consumidor e dos empregados. Os algoritmos vêm para ficar, e com eles, organizações precisam atualizar suas estratégias tecnológicas e suas metodologias para refletir como o mundo evolui. Essa necessidade vem se tornando cada vez mais uma obrigação.
Por outro lado, empresas tradicionais estão invertendo seus investimentos, processos e sistemas para se alinharem às mudanças do mercado. Com o foco no comportamento do consumidor, a AI está de fato trazendo aos negócios uma abordagem mais humana.
Atualmente, a inteligência artificial foca mais em aplicações comerciais que optimizem a eficiência de indústrias já existentes e menos em algoritmos patenteados que poderiam levar a novas indústrias. Essa eficiência acelera a consolidação e convergência de setores, mas não leva a criação de indústrias.
No entanto, o uso mais potente da inteligência artificial pode ser, a longo prazo, a descoberta e busca por soluções de novos problemas, mais complexos e que são a base de novas indústrias. Algumas empresas já perceberam a importância deste plano a longo prazo e usam seus investimentos em AI para isso. Ainda assim, poucas presenciam a inteligência artificial criando novos segmentos ou negócios. Os verdadeiros vencedores são aqueles na economia dos algoritmos são aqueles que alinham suas estratégias e criam sua inteligência artificial do zero, mantendo seus algoritmos fortes e redefinindo segmentos de negócios, monetizando novas oportunidades.
A inteligência artificial tem um potencial enorme de impulsionar a criação de novas indústrias e a disrupção das já existentes. O mapa para os líderes interessados nela não é fácil de seguir, mas traz grandes recompensas. Mudança exige muito esforço, mas a perseverança de um estrategista que usa AI é o mais importante traço, que cria um senso de urgência em face a novas possibilidades.
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